Um ano sem Mãe Beata de Yemanjá
- Paulo de Oxalá
- 26 de mai. de 2018
- 2 min de leitura

Mãe nunca morre. Ela continua viva em nosso ser, alimentada pela saudade e por lindas lembranças!
Amanhã, 27 de maio, faz um ano que Olódùmarè chamou para si, Mãe Beata de Yemọja.
Grande referência no Candomblé, Mãe Beata nasceu em Cachoeira de Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, em 1931. Foi iniciada em 1956 para Yemọja, pela Ìyálórìṣà Olga do Alákétu. Ela veio para o Rio de Janeiro em 1969 e abriu seu Terreiro, o Ilé Omi Ojú Aro, em Miguel Couto - Nova Iguaçu, em 1985. Foi exatamente ali, na Baixada Fluminense, região conhecida por agregar um imenso número de Terreiros de Candomblé, que Mãe Beata fortaleceu seu trabalho em prol da cultura afro-brasileira.
Suas atividades não ficaram restritas apenas ao sacerdócio. Mãe Beata foi autora de diversos livros e militante de Direitos Humanos e de inúmeras causas sociais. Ela também lutou contra a discriminação racial, o preconceito sexual, a violência contra a mulher e a intolerância religiosa.
Em seus discursos, reivindicando o respeito pelas religiões de matrizes africanas, ela dizia: “Não quero ser tolerada, e sim respeitada!”. Palavras de profunda sabedoria, que sintetizavam bem o seu amor pelo sagrado e pela causa religiosa.
A vida de Mãe Beata sempre foi pautada na luta pela igualdade religiosa e social. O tempo não cicatriza a dor da perda, porém sua ausência se transforma em consolo, com a certeza de que ela está junto de Olódùmarè e de todos os Òrìṣà (Orixás) e que suas mensagens serão sempre lembradas e se manterão firmes.
Meus respeitos aos seus filhos carnais: Ivete, Maria das Dores, Adailton e Aderbal, aos muitos Ọmọ Òrìṣà (filhos de santo) e aos milhares de amigos e seguidores.
Lààyé Ìyá Beata ti Yemọja! (Viva Mãe Beata de Yemanjá!)
Axé!
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