top of page

Semana com a força de Ayizan e Ọbalúwáiyé

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • há 53 minutos
  • 4 min de leitura

ree

Foto: Àyízàn e Ọbalúwáiyé - IA-inspirada na visão religiosa de Pai Paulo de Oxalá


Vòɗʊ́ɲ e Òrìṣà reforçam o Nagô-Vodun brasileiro

 

A presença do Vòdún e do Òrìṣà reforça o Nagô Vodun brasileiro

O antigo reino do Dahomé teve contribuição essencial na formação do culto às divindades africanas que, no Brasil, se consolidou como Candomblé. Uma prova viva desse legado são divindades cuja origem remonta àquela região histórica.


Ọbalúwáiyé nasce em território Tápà, no antigo Dahomé, onde era conhecido como Sakpàtá e chamado Ainon, Senhor da Terra e irmão de Sogbo. De lá seu culto percorreu os povos fòn e alcançou o mundo yorubá, onde se consolidou como Ọbalúwáiyé, Orixá ligado à terra, ao sol, à vitalidade e ao poder de regenerar o corpo.


Ele é o grande senhor do solo e de tudo o que repousa em seu interior. Guarda riquezas, fertilidade, mistérios e até as doenças que emergem do chão. Não apenas vela por esses segredos. Ele controla, limita e cura o que se manifesta sob sua regência. É o Orixá da transformação profunda, da passagem, da disciplina e da responsabilidade.


Filho de Nàná e irmão de Òṣùmàrè, carrega o elo entre a ancestralidade e aquilo que se renova. Seu igbá permanece ao lado dos de sua família espiritual e a segunda feira é o dia consagrado à lembrança de suas forças.


Na Umbanda, Ọbalúwáiyé se manifesta na vibração associada a São Lázaro, protetor dos enfermos e guia das almas em sofrimento. É ele quem rege as Almas e os Pretos Velhos, trazendo humildade, sabedoria e cura espiritual.


O vermelho preto e branco, são cores que  expressam critério, austeridade e paixão. Quem se aproxima desse Orixá busca firmeza de caráter, disciplina, coragem e força para enfrentar desafios internos e externos.


No jogo de búzios, Ọbalúwáiyé fala por Òdí. No caminho favorável indica competência, distinção, herança e resultados que surgem do esforço. No caminho desfavorável alerta para indecisões, perseguições espirituais e influências perturbadoras. Nessas situações o Orixá recomenda ẹbọ, muitas vezes com ovos e pipocas para limpeza e apaziguamento.


Ọbalúwáiyé ensina que tudo nasce, cresce, adoece e renasce sobre a terra da vida. Seu movimento é rigor e renovação. Um chamado para assumirmos a própria história com maturidade.

 

Àyízàn Senhora dos mercados, da palavra e da pureza ritual

 

Àyízàn cujo nome significa a esteira ou a nata da terra, é uma das mais importantes divindades fòn. Representa a força que organiza os encontros humanos. Os mercados as praças e os caminhos públicos. É ela quem abre as interações e rege a palavra, a comunicação, a diplomacia e o conhecimento transmitido.


Em Àtákpámè, Àyízàn é saudada antes mesmo de Légbà, e mantém com ele ligação profunda. Sendo a mulher, e seu complemento energético. Seu culto envolve um montículo de terra no centro dos mercados coberto de rodilhas de dèzàn folhas verdes desfiadas que recebem as oferendas dos comerciantes. Em terras fòn seus cultuadores utilizam a dèzàn sobre a cabeça durante o período de resguardo para afirmar sua presença.


Entre os Jeje Mahi, Àyízàn está associada ao universo dos  espíritos ancestrais, às forças da terra e à sustentação da vida. No nascimento de uma criança ou na união de um casal oferece se a ela terra do mercado como símbolo de fartura e prosperidade.


No jogo de búzios Àyízàn se manifesta no Ɗʊɲó (Odù em fòn) Aƙlamɛ́ɗƶǐ. Esse Odù indica transformação superação e renovação. Também alerta para perseguições espirituais. Suas oferendas são milho vermelho com dendê e pombo. Rituais que pedem proteção e limpeza energética.


As cores azul e branco vibram estabilidade serenidade lucidez e mudança consciente. O azul profundo representa o saber antigo e o branco sua pureza ritual.

Àyízàn é ordem ancestralidade e conhecimento. É quem organiza purifica e abre caminhos sociais e espirituais.

 

Àyízàn e Ọbalúwáiyé nos Odù

 

Ọbalúwáiyé que fala por Òdí traz estrutura renascimento e responsabilidade. Àyízàn que fala por Aƙlamɛ́ɗƶǐ traz comunicação transição proteção e movimento ancestral.

Quando esses Odù se aproximam formam um campo espiritual poderoso. A transformação de Ọbalúwáiyé encontra a renovação material conduzida por Àyízàn. Em Òdí temos disciplina e firmeza. Em Aƙlamɛ́ɗƶǐ temos abertura de caminhos e proteção. As duas energias juntas fortalecem a ancestralidade que renova os ciclos da existência.

 

As energias Nagô Vodun para esta semana

 

A união das forças de Àyízàn e Ọbalúwáiyé reforça a fusão brasileira entre a tradição Kétu yorubá nagô e a tradição Jeje fòn Vòdún. Essa junção explica a classificação Nagô Vòdún que reúne uma divindade Kétu e outra Fòn em perfeita convivência espiritual.


Nesta semana as vibrações de Àyízàn e Ọbalúwáiyé se encontram e criam um eixo de força. A terra é abençoada e organizada pela atuação dessas duas divindades que promovem o varrimento do que impede o progresso coletivo. É um período excelente para limpezas espirituais do corpo e dos ambientes e também para buscar cura emocional e física.


É tempo de fortalecer a fé agir com critério assumir responsabilidades e projetar intenções positivas para os caminhos que se abrem.


Que Àyízàn abra os mercados da vida.


Que Ọbalúwáiyé cure e fortaleça o chão que pisamos.


Se você deseja saber mais sobre Àyízàn, Ọbalúwáiyé ou qualquer Vòdún, Orixá ou Nkisi procure a orientação abalizada pelo WhatsApp 21 99400 7107


Áhò gbò gbòy Àyízàn!


Atotô Ọbalúwáiyé!


Axé para todos!


 
 
 

Comentários


WhatsApp-icon.png

Todos os Direitos Reservados a Paulo de Oxalá

R. das Laranjeiras, Rio de Janeiro - RJ

+55 (21) 2556-9009

+55 (21) 99400-7107

paulodeoxala@uol.com.br

Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

  • Instagram ícone social
  • YouTube Social  Icon
  • Facebook Basic Square
bottom of page