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Xangô e os três amores: quando um Rei nos ensinou a amar

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Foto: Xangô e suas esposas / IA-inspirada na visão religiosa de Pai Paulo de Oxalá



Na semana dos namorados, Ògún abre caminhos para conquistas, e Exu nos ensina o valor do amor

 

Ṣàngó (Xangô), o Aláàfin de Ọ̀yọ́, senhor do trovão, do fogo e da justiça, foi um homem que governava com a força de um Orixá e amava com o coração de um homem.

Segundo as tradições yorubá, Xangô amou Ọ̀ṣun (Oxum), com quem conheceu a delicadeza das águas e a beleza que transforma. Oxum era encanto, doçura, sorriso, era o amor que enfeita e eleva.

 

Amou Yánsàn (Yansã), a ventania indomável que varreu seu trono e seu peito. Com ela, o amor era paixão, tempestade e liberdade. Era o fogo que dança, a pele que arde, o querer que voa.

 

Amou Ọbà (Obá), a mulher da entrega silenciosa. Firme como pedra sagrada, sua presença era templo, era casa, era chão. Ọbà ensinou que o amor também é paciência infinita, e de cuidado e permanência.

 

Três mulheres, três histórias, três maneiras de amar de forma verdadeira

 

Mas Xangô não era apenas um homem: era rei. Sua poligamia não era desejo egoísta, era organização do poder. Era símbolo de alianças, continuidade e espiritualidade. Naquele contexto, amar mais de uma mulher não era dividir o amor; era celebrá-lo em suas diversas formas.

 

E nós?

 

Nós não somos reis. Não temos reinos a proteger nem linhagens a preservar. Temos apenas o coração, e nele, um desejo: amar.

 

E para isso, precisamos mais do que coragem: precisamos de sabedoria.

 

É por isso que, nesta semana dos namorados, enquanto Ògún (Ogum) abre os caminhos do encontro, Èṣù (Exu) nos ensina o valor do amor.

 

Sim, Exu, o mais incompreendido e também o mais generoso dos Orixás, nos mostra que o amor só acontece quando nos comunicamos com verdade, quando rimos juntos, quando abrimos caminhos uns para os outros. O amor é movimento, e ninguém entende de movimento como Exu.

 

Se Xangô teve três amores por missão, que a gente escolha um só por vontade. E que nesse amor caiba tudo:

A doçura de Oxum, a paixão de Yansã, e a fidelidade de Obá.

 

Porque amar, no fim das contas, não é um privilégio de reis. É um direito de quem caminha com o coração aberto.

 

E a habilidade de Exu nos revela que o amor nasce como um encontro, aparentemente casual, numa encruzilhada sagrada. Dois destinos se olham e, de forma descontraída, sem medo, sem pressa, decidem ficar. Juntos, escolhem uma das vias da vida para caminhar lado a lado.

Àfẹ́ ni agbára ọ̀run Olódùmarè nínú wa!

(O amor é o poder sagrado de Deus dentro de nós!)

 

Axé para todos!

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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