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Que os ancestrais acolham a doce alma de Juliana Marins

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

Foto: Juliana Marins - Instagram


Jovem partiu durante uma trilha nas montanhas do Monte Rinjani, na Indonésia

 

A canção de Lulu Santos nos lembra que a vida é como uma onda, num indo e vindo infinito, e que tudo o que se vê não é igual ao que se viu há um segundo. Pois tudo muda o tempo todo no mundo. E como muda. Em um segundo pode vir a vitória da vida, mas também, num instante, pode chegar o irreversível.

 

Foi exatamente esse segundo fatal que levou a jovem Juliana Marins, cheia de vida, tão cedo. No dia 23 de junho, enquanto fazia uma trilha nas imponentes montanhas do Monte Rinjani, na Indonésia, ela sofreu uma queda. Três dias depois, em 26 de junho, foi encontrada sem vida pelas equipes de resgate.

 

O cenário era deslumbrante, um vulcão que toca o céu e guarda a força ancestral da Terra. Juliana estava ali em busca do que sempre moveu sua alma: natureza, conexão, experiências, sentido. Ela não subiu aquele monte para morrer. Subiu para viver. Para sentir a grandeza do mundo, como tantas vezes já tinha feito em suas andanças por diferentes partes do planeta.

 

Trazia nos olhos o brilho de quem busca, de quem escolheu viver intensamente. E mesmo nos passos mais solitários, parecia ouvir o chamado da vida com profundidade. Doçura, coragem e entrega a levaram longe. E foi nessa entrega que ela nos deixou.

 

A notícia nos alcança como um vento seco e silencioso, daqueles que dobram o coração. Mas não se trata de dor imposta, nem de fatalidade. Para quem tem fé nos ciclos sagrados, é travessia. Para nós, que permanecemos aqui, por mais incompreensível e inaceitável que seja a perda, tudo e todos têm um tempo de existência. A transformação faz parte do universo, até as lindas e poderosas estrelas, que vivem trilhões dos nossos efêmeros anos terrestres, se transformam em outras vivências.

Juliana agora trilha por outros caminhos, guiada por uma imensa luz e acolhida por forças poderosas.

 

 

Sua história não se encerra no alto do Rinjani. Ela ecoa. Ecoa como um lembrete precioso: a vida é breve, incerta, por isso sagrada.

 

Voltando à canção de Lulu Santos, que diz que há tanta vida lá fora, Juliana nos lembra que é preciso viver com verdade e intensidade. Abraçar com sinceridade. Seguir com propósito. Porque a vida é como uma onda, vai e vem... mas pode se transformar em mar revolto de um segundo para o outro.

 

Ainda assim, com todos os riscos, viver é um ato de coragem. E isso Juliana nos ensinou — viveu com coragem, determinação e doçura.

 

Que os ancestrais a recebam em paz. Que os Orixás a envolvam em luz. E que sua família encontre consolo no amor que ela espalhou pelo mundo.

 

Axé para todos!

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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