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O que os Candomblés Ketu, Jeje e Angola têm em comum?

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • 29 de ago.
  • 2 min de leitura
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Foto: Ṣiré (Xirê-festa) de Candomblé – arquivo Pai Paulo de Oxalá


A preservação religiosa de cada tradição

 

O Candomblé no Brasil nasceu como resistência cultural e espiritual. Povos africanos de diferentes origens criaram uma religião capaz de preservar tradições e adaptá-las ao novo contexto. Desse encontro surgiram as nações, que reúnem práticas litúrgicas distintas sustentadas pelo mesmo princípio de reverência ao sagrado e à ancestralidade. Entre as mais conhecidas estão Ketu, Jeje e Angola.

 

Apesar das diferenças de língua ritual, cânticos e mitologias, essas três nações compartilham fundamentos. Todas cultuam divindades africanas, chamadas de Orixás entre os yorubás, Voduns entre os povos jeje-fon e Nkises entre os bantus. A iniciação é um marco central em todas, com ritos como raspar, catular, pintar e a saída pública do nome. O que varia são as rezas, os cânticos, as folhas e os preceitos de cada tradição, mas a base da organização religiosa é a mesma. Essa organização coletiva recebeu o nome de Candomblé, um conjunto de vertentes religiosas que cultuam divindades africanas.

 

O terreiro é o espaço que concentra a vida espiritual, um território simbólico onde a África se refaz em solo brasileiro. Nele, a comunidade se organiza como uma família de santo, sustentada pelo axé e pela hierarquia que garante a continuidade da tradição.

 

Outro elemento comum é a música e a dança. Os toques de atabaques, com ritmos específicos para cada divindade, estabelecem a ligação entre humanos e o sagrado. As folhas também estão presentes em todas as nações, carregadas da energia vital que fortalece os ritos.

 

Cada nação guarda a memória de seu povo de origem, mas juntas expressam a força da coletividade. O Candomblé não é uma cópia da África, e sim a recriação de um universo religioso que sobreviveu à escravidão e ao racismo. Hoje, Ketu, Jeje e Angola reafirmam a diversidade africana e mostram que, mesmo com diferenças, o que permanece é a busca por equilíbrio, cura e conexão com o divino.

 

Titọju awọn ipilẹṣẹ wa jẹ titọju igbagbọ wa! (Preservar a nossa origem é preservar a nossa fé!)

 

Axé para todos!

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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