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O direito à fé e a intolerância de quem não a tem

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • 8 de jul.
  • 3 min de leitura
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Foto: Direito a fé - arte Pai Paulo de Oxalá


Não faz sentido destruir a esperança do outro

 

Vivemos em um mundo diverso, onde cada um tem o direito de ser, pensar e agir conforme a sua consciência. É um direito não crer em nada, assim como é um direito ter fé em Deus, em Jesus, nos Orixás, nos anjos, nos espíritos, na força ancestral ou em qualquer forma de sagrado que dê sentido à existência.

 

É curioso como alguns que se dizem livres de crenças passam tanto tempo tentando provar que Deus não existe, que Orixás são invenção, que santos e anjos não passam de mitos. É direito de cada um pensar assim. Mas por que o interesse em querer destruir aquilo que, para muitos, é força, cura e esperança? O que se ganha em querer apagar a luz do outro?

 

Enquanto alguém se ocupa em provar a inexistência de Deus, nós provamos diariamente a existência da fé. Fé que sustenta quem não tem mais chão. Fé que cura quando o remédio não basta. Fé que dá coragem para enfrentar batalhas. Fé que reergue lares, alimenta a esperança, consola corações em luto, protege famílias e guia caminhos. Se a razão não consegue explicar, a fé abraça e acolhe.

 

A ciência já reconhece que a fé tem poder, fortalece a mente, melhora a saúde e prolonga a vida. Quantas curas inexplicáveis já se testemunharam? Quantos livramentos, quantos milagres silenciosos? Para quem tem fé, a resposta está em acreditar, porque nem tudo se mede, se pesa ou se prova. Há coisas que só se sentem.

 

As religiões são caminhos que conduzem milhões de pessoas a encontrar sentido para a vida. Do silêncio de uma prece no altar ao toque do atabaque em um Terreiro, a espiritualidade constrói famílias, comunidades, valores e pontes de afeto.

 

Nós, que professamos as religiões ancestrais e acreditamos nos Orixás, entendemos que a natureza faz parte de um todo sagrado. Honramos quem veio antes de nós e também reverenciamos rios, matas, ventos, fogo e mares, pois sabemos que sem eles não há vida.

 

Seja qual for o caminho, igreja, templo, sinagoga, mesquita, Terreiro, montanha ou o coração, é o respeito que torna a convivência possível. Querer que o outro desacredite de sua fé para satisfazer o orgulho de quem se julga mais racional é uma afronta. É querer apagar a chama que nos mantém de pé.

 

O povo de axé não disputa argumentos. Não precisamos convencer ninguém de que Olódùmarè-Deus existe, de que os Orixás nos acompanham ou de que nossos guias e ancestrais nos protegem. Sabemos, sentimos, vivemos isso. E essa força não se mede, se testemunha.

 

A quem não crê, desejamos caminhos de luz, consciência e respeito. E, se um dia a vida estipular respostas que a razão não dá, que encontre no silêncio de uma oração o conforto que a boca negou. Pois a fé é livre. Ninguém pode aprisioná-la, mas também ninguém tem o direito de sufocá-la.


Exaltar a fé é exaltar a liberdade do espírito. Exaltar os Orixás é exaltar a vida, a natureza e nossa ancestralidade.


Que cada um caminhe com sua crença ou descrença, mas não queira tirar do outro aquilo que lhe é sagrado.


Lembrando que intolerância religiosa é crime. Você pode até não acreditar, mas não pode espalhar ódio nem atacar a fé alheia.


Um viva para quem crê, respeito para quem não crê.

 

Axé e paz para todos!

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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