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Marcha para Exu, sucesso em São Paulo, prepara-se para sacudir o Rio de Janeiro

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura
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Foto: Marcha Para Exu 2025 em São Paulo – arquivo Pai Jonathan Pires


Pai Jonathan Pires mostra quem é Exu e fala sobre a força do evento

 

A Marcha para Exu nasceu em 2023 como uma resposta à intolerância religiosa e à necessidade de resgatar a verdadeira imagem de Exu, figura central das religiões de matriz africana. O movimento foi idealizado por Jonathan Pires, Babalorixá e criador de conteúdo digital, que decidiu transformar a luta contra a demonização de Exu em um ato público de fé, resistência e valorização cultural.

 

Jonathan conta que a maior inspiração para criar a marcha foi seu pai. Ele relembra com emoção a perda ocorrida há 14 anos, mas diz que é dessa memória que vem sua força. Desde pequeno carrega essa fé e, como empresário e religioso, afirma que sempre batalhou para mostrar que a religião de matriz africana é maravilhosa e transformadora. Para ele, milhares de pessoas já foram curadas e acolhidas pela Umbanda, pelo Candomblé e por toda a comunidade de axé.

 

A primeira edição da Marcha para Exu aconteceu na Avenida Paulista e já nasceu grandiosa. Em 2023, São Paulo testemunhou o que foi considerado a maior concentração de povos de matriz africana do mundo em um único evento. Mais do que um ato, a marcha se consolidou como um encontro de religiosos e adeptos de diferentes tradições em um só local, um espaço coletivo de resistência contra o preconceito e a intolerância religiosa.

 

Com o crescimento, o evento passou a adotar temas próprios. Em 2025, o lema foi “Nunca foi sorte, sempre foi macumba”, expressão que ressignifica uma palavra historicamente usada de forma pejorativa. Jonathan explica que tudo o que conquistou na vida foi pela fé, pelas oferendas, pelos rituais e pelo axé. Ele insiste que não é sorte, é espiritualidade e ancestralidade que movimentam sua caminhada.

 

A chegada da marcha ao Rio de Janeiro é tratada com expectativa. Jonathan afirma que ainda não pode revelar o local, pois há um trabalho jurídico para garantir segurança e legalidade. Ele adianta apenas que será em um ponto de grande visibilidade e que deve reunir mais de dois milhões de pessoas.

 

Sua trajetória religiosa começou no Candomblé, em Tapevi, na Grande São Paulo, onde foi iniciado por Pai Jorge de Xangô na Casa de Ọba Sindẹ, aos 17 anos. Com o tempo aproximou-se da Umbanda, tradição que segue hoje. Seu Guardião é Exu Veludo, que inspira a própria marcha. Foi por orientação do Sr. Veludo que Jonathan decidiu não permitir a associação da figura de Exu ao diabo nos cânticos do evento, reforçando o objetivo de quebrar tabus e mostrar que Exu é caminho, movimento e liberdade.

 

Além da marcha, Jonathan também atua em projetos sociais. Ele revela que está estruturando um espaço no interior de São Paulo para atender crianças com síndrome de Down e autismo, além de famílias em situação de vulnerabilidade. O objetivo é unir espiritualidade e ação concreta no cuidado com a comunidade.

 

Jonathan se emociona ao afirmar que tudo o que realiza é em homenagem ao pai e com a força de Exu Veludo. Para ele, esse amor ultrapassa a vida. E com a mesma energia que fez a Avenida Paulista vibrar, ele se prepara para um momento histórico na Cidade Maravilhosa. O Rio de Janeiro vai ecoar em uníssono Laroiê Exu, salve nossos guardiões, diz Pai Jonathan cheio de energia.

 

Láìsí Èṣù ìyè kì yóò ní ìtara! (Sem Exu, a vida não teria entusiasmo!)


Salve Exu!


Axé para todos!

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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