top of page

Legado de Mãe Olga de Alákétu é exaltado em seu centenário em Salvador

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • 7 de set.
  • 2 min de leitura
ree

Foto: Mãe Olga de Alákétu – 1970 / LP Philips


Ìyálórìṣà foi reverenciada por artistas e autoridades da época

 

O Candomblé do Alákétu prepara uma grande homenagem à Ìyálòrìṣà Olga Francisca Régis, conhecida como Mãe Olga de Alákétu, uma das maiores referências do Candomblé. Nascida em Salvador em 1925 e falecida em 2005, ela era iniciada para Yánsàn e Ìrókò.

 

Mãe Olga herdava a nobreza da linhagem Àrò, do antigo reino de Kétu, através da princesa Otànpẹ Ojàró, fundadora do Ilé Marọya Laji Ojàró, o Terreiro do Alákétu, em Salvador. Ainda jovem, aos 23 anos, foi preparada para assumir o cargo de Ìyálòrìṣà, tornando-se uma das mais respeitadas lideranças do Candomblé no século XX.

 

Sua casa foi espaço de convivência de intelectuais e artistas como Jorge Amado, Carybé, Pierre Verger, Gilberto Gil, Edison Carneiro e Camafeu de Oxóssi. Também recebeu presidentes da República, entre eles Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, que buscavam sua palavra e orientação espiritual.

 

Em 1970, Mãe Olga eternizou sua voz no disco Festa no Terreiro/Cantos de Candomblé, lançado pela gravadora Philips. A gravação registrou cantigas sagradas até então preservadas apenas na tradição oral. O LP se tornou uma raridade e hoje é considerado um documento histórico de valor inestimável, referência fundamental para pesquisadores e amantes do Candomblé.

 

Durante muitos anos dividiu sua vida entre Salvador e São Paulo, onde espalhou o axé e iniciou inúmeros filhos de santo. Foi mãe de oito filhos biológicos e centenas de filhos espirituais. Sua força e elegância a consagraram como símbolo de resistência, fé e ancestralidade.

 

Em 1997 recebeu do presidente Fernando Henrique Cardoso a Ordem do Mérito Cultural, reconhecimento à sua contribuição para a cultura brasileira. Em 2004 o Terreiro do Alákétu foi tombado pelo Iphan como patrimônio histórico e cultural. No ano seguinte Mãe Olga partiu para o Ọ̀run (céu), deixando um exemplo de dignidade e grandeza que permanece vivo na memória coletiva.

 

Aìkú paríwo, ìṣẹ̀ pẹ̀lú ìtẹ́lọ́rùn. (A imortalidade está no eco das ações bem cumpridas.)

 

Axé para todos!

 

Serviço:

Centenário de Mãe Olga de Alákétu, nesta terça-feira, 9 de setembro, às 19h, no Ilé Marọya Laji Ojàró – Maroialaji - Terreiro do Alákétu. Rua Luís Anselmo, 67 – Beco do Alákétu 13, Matatu, Salvador/BA

 

Fonte: Professor Adson Brito Do Velho

 
 
 

Comentários


WhatsApp-icon.png

Todos os Direitos Reservados a Paulo de Oxalá

R. das Laranjeiras, Rio de Janeiro - RJ

+55 (21) 2556-9009

+55 (21) 99400-7107

paulodeoxala@uol.com.br

Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

  • Instagram ícone social
  • YouTube Social  Icon
  • Facebook Basic Square
bottom of page