18ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa acontece hoje em Copacabana

Foto: Caminhada em Copacabana - CCIR

Evento que é uma tradição no calendário carioca tem apoio da TV Globo

Hoje, a orla de Copacabana se torna palco de um dos maiores atos em defesa da diversidade e do respeito às crenças no Brasil. A 18ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa é organizada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP).

Mais do que uma manifestação, a Caminhada é um marco histórico. Desde sua criação em 2008, após episódios de violência contra adeptos de religiões de matriz africana no Morro do Dendê, ela se consolidou como o maior evento inter-religioso do país, reunindo fiéis, líderes espirituais e defensores dos direitos humanos em um só propósito, garantir que a fé de cada cidadão seja respeitada.

A concentração será no Posto 5 a partir das 10h, com apresentações culturais e falas de representantes de diferentes tradições religiosas. A caminhada começa às 13h, percorrendo a Avenida Atlântica até a Praça do Lido, onde o evento se encerra por volta das 17h. Segundo a organização, cerca de 100 mil pessoas devem ocupar a orla, reafirmando que a convivência pacífica entre diferentes religiões é não apenas possível, mas fundamental para a democracia.

A cada edição, a Caminhada reafirma sua importância ao denunciar os crescentes casos de intolerância religiosa no Brasil, que vão de agressões verbais e físicas a ataques a templos e até assassinatos. A presença maciça de diversas religiões como Candomblé, Umbanda, católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus, budistas, hare krishnas, wiccanos, ciganos e mórmons mostra que o respeito é um compromisso coletivo que ultrapassa fronteiras espirituais.

E como toda grande manifestação merece um grande encerramento, a Caminhada culmina com o festival cultural Cantando a Gente Se Entende, na Praça do Lido, a partir das 16h. No palco, um encontro inédito de vozes e estilos com o Grupo Awurê, Pastor Kleber Lucas, Padre Lázaro, Banda Soul da Paz e Marquinhos de Oswaldo Cruz com o projeto Àgbò Àtọ̀. Uma celebração musical que transforma a diversidade em melodia e reforça a liberdade como valor inegociável.

O Cantando a Gente Se Entende ecoa a certeza de que, quando diferentes vozes se unem em respeito, a diversidade se transforma na maior melodia da liberdade, define o Babalawô Ivanir dos Santos, interlocutor da CCIR.

Mais que uma convocação, a Caminhada é um  momento coletivo para a construção de uma sociedade mais justa, humana e plural. Um convite para que todos, religiosos ou não, caminhem lado a lado pela liberdade de acreditar.

Lembrando que intolerância religiosa é crime, pois a Constituição garante a liberdade de credo, conforme o artigo 5º, inciso VI, que estabelece que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.

Por isso, é muito importante a participação de todos na Caminhada que reúne diferentes religiões em prol do respeito à fé.

Xô intolerância, e viva a liberdade religiosa!

Axé para todos!

Serviço:

18ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa na orla de Copacabana, neste domingo, 21 de setembro. Concentração a partir das 10h no Posto 5, Avenida Atlântica, em frente aos números 3.628 e 3.604, esquina com a Rua Sá Ferreira. Saída da caminhada às 13h em direção à Praça do Lido, no Posto 2. Encerramento previsto para 17h.

Estrutura com trios elétricos, tenda, banheiros químicos, aguadeiros, ambulância UTI, posto médico, carrinhos elétricos e posto de verificação de pressão arterial no Posto 5.

Encerramento cultural Cantando a Gente Se Entende na Praça do Lido a partir das 16h, com as atrações Grupo Awurê, Pastor Kleber Lucas, Padre Lázaro, Banda Soul da Paz e Marquinhos de Oswaldo Cruz com o Agbo Ato. Evento aberto ao público.

Apoio e estrutura da TV Globo, Grupo Carrefour, CCIR, CEDAE, Petrobras, Prefeitura do Rio, RioTur e Visit Rio.

Realização do CEAP e do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.