Rio de Janeiro recebe o rei angolano Tchongolola Tchongonga Ekuikui VI

Encontro reforça os laços angolanos com o Brasil
No final do século XVI, a população da cidade do Rio de janeiro era de 3.850 habitantes, entre índios, portugueses e africanos. A grande parte desses africanos no Rio era de etnia bantu, mais precisamente de Angola. Eles foram importantes na formação cultural da Cidade do Rio e do Brasil.
Deles herdamos a culinária, o samba, a capoeira, o maracatu, a congada, o jongo, e muitas palavras como: mocotó, moleque e cachimbo.
Na religião, o Candomblé de Angola é admirado pelos seus ritos e pela beleza e força de suas divindades. E a Umbanda foi fortalecida por entidades espirituais de ancestralidade angolana, como o tão querido Pai Joaquim de Angola.
Com tanta história em comum, Angola e Brasil, em particular o Rio de Janeiro, são territórios irmãos que compartilham muitos laços.
E para reforçar esses laços angolanos, chegou ao Brasil, o rei do maior grupo étnico de Angola, Tchongolola Tchongonga Ekuikui VI.
Seus primeiros compromissos foram em São Paulo e Santa Catarina.
Nesta terça-feira, dia 7 de novembro, o rei participará de um debate sobre a importância da reparação histórica para a população negra brasileira, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, das 9h30 às 12h, no dia 7. Também participarão a jornalista Louise Freire e o professor doutor Babalaô Ivanir dos Santos. Depois do debate, haverá uma apresentação cultural de slam.
Após o debate, o Rei fará um passeio pela região do Cais do Valongo, onde desembarcou a maioria dos escravizados vindos da África para o Brasil.
Na quarta-feira (8/11), pela manhã, o rei participará de um seminário sobre cultura e pluralidade religiosa na UNIperiferias, na Maré. A favela da Maré é a região onde se concentra o maior número de migrantes angolanos que vivem no Rio de Janeiro.
À tarde, ele participará de um encontro de quilombolas no Quilombo no Camorim, o mais antigo do Rio de Janeiro, na Zona Oeste. O local foi ocupado por pessoas escravizadas trazidas de Angola.
À noite, o rei será recepcionado pela Mangueira, com um megajantar e muito samba.
A visita do rei angolano ao Rio, é promovida pela DiversaCom e a UNIperiferias, e a recepção será no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) no centro da cidade.
Sua majestade o rei Tchongolola Tchongonga Ekuikui VI, também será homenageado com o ‘Prêmio Ubuntu de Cultura Negra’, que é referência no enaltecimento de artistas e personalidades que contribuem com ações e que fortalecem a cidadania e a coletividade cultural afro-brasileira. O Prêmio é uma criação de Paula Dias, também conhecida como Paula Tanga.
Sakidila Mbuntu Ngola! (Louvada seja a Nação Angola!)
Aueto!
Foto: rei angolano Tchongolola Tchongonga Ekuikui VI – divulgação
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