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  • Foto do escritorPaulo de Oxalá

Mesas de conversa e oficinas abrem programação do Cidade Floresta 2023


Evento exalta a importância das florestas e apresenta a Ìyálórìṣà Celina de Ṣàngó com as folhas sagradas


Para o culto dos Orixás as florestas são consideradas sagradas, pois é nelas é que são encontradas as folhas usadas em banhos, defumações e outros rituais litúrgicos.


As folhas nos conectam com o axé de cada divindade, por isso devemos preservar as florestas, pois elas representam a morada dos Orixás.


Para nós que vivemos nas cidades e vislumbramos as florestas dos seus entornos, devemos valoriza-las, pois essas matas com as suas maravilhosas árvores, filtram o nosso ar, ajudam na despoluição da atmosfera e protegem um imenso número de animais que delas dependem.


No Rio de Janeiro, a floresta da Tijuca que é considerada a maior floresta urbana do mundo, é importantíssima para a cidade. Ela regula o clima e protege a vida dos seus habitantes contra as intemperes naturais.


E foi essa importância das florestas em nossa vida, que fez com que o Geothe Institut-Rio de Janeiro e o Consulado Geral da França comemorando o Dia Mundial do Meio Ambiente que acontece neste dia 5 de junho, organizasse o Seminário Internacional Museu Metabólico, que será apresentado nos dias 2, 3 e 5 de junho, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica na Praça Tiradentes no centro do Rio. O evento que tem a entrada gratuita, faz parte da segunda edição do projeto Cidade Floresta. Durante três dias, mesas de conversa e oficinas discutirão o futuro dos espaços urbanos pela perspectiva das plantas.


O objetivo principal do Seminário é reforçar a maneira como a cidade pode aprender com a coexistência colaborativa, simbiótica e solidária da natureza - um território nada pacífico e sempre aberto para o conflito, porém altamente resiliente e capaz de manter uma vida vibrante para muitos seres.


Nos dias 2, 3 e 5 de junho (Dia do Meio Ambiente), haverá palestras, encontros, rodas de conversa e vivências entre pesquisadores, artistas e ativistas no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro. Vamos discutir novas formas de fazer política na cidade, a partir da inteligência das plantas.


O evento continuará em julho, com mostra da Residência Cidade Floresta, palestras, oficinas, mostra de filmes no Estação NET Rio e a exposição Uma cidade na Floresta, de Chourouk Hriech no Museu do Amanhã. 


A iniciativa é fruto da cooperação franco-alemã #JuntesnaCultura, que conecta o Goethe-Institut Rio de Janeiro e o Consulado da França no Rio de Janeiro. Também são parceiros o Centro Museu de Arte Helio Oiticica, a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã, o Estação NET Rio e a Livraria da Travessa. A iniciativa conta com o apoio financeiro do Fundo Franco Alemão de Cultura e da embaixada da Holanda no Brasil.


Àwọn igbó ní àwọn ìbùgbé ti àwọn Òrìṣà! (As florestas são as moradas dos Orixás!)


Axé!



Serviço:

Seminário Internacional Museu Metabólico. Dias 02, 03 e 05 de maio, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, Praça Tiradentes, 68, Centro do Rio de Janeiro / RJ. A entrada é gratuita.


Programação:


Sexta-feira (02/06)

14h-14h30

Abertura e apresentação das pessoas selecionadas para a residência Cidade Floresta. 

14h30-16h

Troca de Saberes: A Inteligência das Plantas

Roda de conversa participativa que inspira e encanta a partir de conhecimentos científicos, espirituais, cotidianos e até econômicos em torno do potencial das plantas de transformar nossa vida na cidade.

Com Denilson Baniwa, Bella, Luís Cassiano (Teto Verde) e Mãe Celina de Xango  

16h-17h30

Mesa: O poder da captura

A quem pertence a cidade? Em teoria, a cidade é um território pacificado, lugar do convívio civilizado. A força da lei se institui para acabar com as guerras infinitas que supostamente atravessavam as sociedades selvagens, num ato violento mas pacificador. Quem mora no Rio de Janeiro, no Brasil e talvez no mundo do Século 21 sabe que não é bem assim. O território da cidade está atravessado por disputas de poderes diferentes, além do soberano: o poder da captura, do saque, da caça, da expulsão e da criminalização. Como a cidade pode organizar e viver seus conflitos de forma não-violenta sem cair na falsa promessa da pacificação? 

Com Alexandre Mendes, Iazana Guizzo e Lenin Pires 

18h-19h30

Mesa: A floresta é testemunha

O que está escondido atrás da paisagem deslumbrante da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica? Que memórias podem ser reveladas ao cavarmos sob o solo asfaltado e aterrado? Existem lembranças da floresta que precedeu a cidade e vestígios de urbanidades pré-coloniais. Estabelecer uma conexão com o solo é se unir ao seu poder restaurador e regenerativo, à sua rica teia de vida que torna possível a existência de plantas e animais na superfície. O solo é muito mais do que apenas terra - é alimento, é um repositório de informações e um estímulo para a imaginação. 

Com Clarissa Moreira, Anita Ekman. 

Sábado (03/06)

11h-12h30

Mesa: Reflorestar a democracia

O museu é tradicionalmente um local de acumulação, abrigando tanto objetos físicos quanto o conhecimento que eles simbolizam. Sua origem está enraizada nas práticas da cidadania moderna, convidando visitantes a participar ativamente dos processos de coleta e exibição de realidades diversas. Contudo, este legado é marcado por aspectos coloniais e patriarcais, que têm sido alvo de críticas feministas e decoloniais por décadas. Como podemos organizar os fóruns necessários para "chegar na terra", nas palavras de Bruno Latour, e reconhecer que "a vida é selvagem", conforme afirma Ailton Krenak? Como digerir os traumas e erros do passado? Como reflorestar a democracia?

Com Barbara Szaniecki, Wellington Cançado

14h-16h

Mesa: Museu metabólico

Vamos adentrar mais no museu, sair do auditório e ocupar uma sala expositiva. Na arte contemporânea, existe uma abordagem que une arte, geografia, museologia e ativismo, inspirando-nos a realizar uma crítica das instituições públicas, como museus, escolas, parques, entre outros. Qual é o metabolismo de uma instituição, como ela poderia se tornar mais viva, transformadora e conectada com o que tem dentro e fora dela? 

Com Renata Marquez e Francy Baniwa 

16h-18h

Orquestrar o acaso. Proposta participativa de Anna Costa e Silva

“Orquestrar o acaso” é uma experiência silenciosa de encontro e presença, proposta por Anna Costa e Silva para duplas de pessoas que não se conhecem. O trabalho começará na exposição-caverna Tamagotchi_balé e se desdobrará pelo espaço do Hélio Oiticica, passando pelo ambiente imersivo da Cosmococa no 1º andar até chegar à rua. Agrupadas/os em duplas, as/os participantes recebem um caderno de partituras da artista, para vivenciarem uma espécie de “caça ao tesouro” relacional, que envolve a escuta de sonhos, explorações sensoriais pelo espaço e a partilha de memórias e confissões, desenhadas para cada um dos espaços visitados. É uma provocação que existe como contraponto para a distopia-tecno-algorítmica apresentada em Tamagotchi_balé, propondo, justamente, conexão e abertura para aquilo que escapole das telas – combustões, afetos, estranhezas, mágicas. 

Segunda (05/06)

13h-16h


Workshop: Devir Fungo! Micélio como método, de Yasmine Ostendorf-Rodríguez

"Let’s become fungal!" (Vamos nos tornar fungos!, em tradução livre) é mais do que um livro. É uma metodologia e uma maneira de pensar que pode ser ativada em comunidades, redes e organizações. Oferece doze ensinamentos do mundo dos fungos que discutiremos de forma colaborativa e veremos como podemos aplicá-los em nossas vidas, maneiras de trabalhar e maneiras de ser. De uma meditação micelial a leituras coletivas e exercícios de biomimética, as oficinas são adequadas para qualquer pessoa que esteja interessada em descobrir o que podemos aprender do mundo com os fungos.  


Participantes:


ANNA COSTA E SILVA trabalha a partir de situações construídas entre pessoas, que propõem reformulações dos tecidos sociais e afetivos tendo o encontro como principal matéria. Mestre em Artes Visuais pela SVA, NY, recebeu prêmios como FOCO Bradesco ArtRio, Bolsa Funarte de Produção Artística e American Austrian Foundation Prize for Fine Arts, competindo com mestrandos de todas as universidades americanas. Entre 2014 e 2018, realizou 10 exposições individuais, entre elas “Assíntotas” na Caixa Cultural, "Ofereço Companhia" na Galeria Superfície, "Púrpura" uma experiência móvel pela cidade do Rio de Janeiro e “Éter” no Centro Cultural São Paulo, selecionado para a Mostra de Exposições. Participou de exposições coletivas como “Unânime Noite” no Contemporary Art Center, Vilnius, curadoria de Bernardo de Souza, “Art In Odd Places”, NY, curadoria de Nicolás Estevez Rocio Aranda-Alvarado e Jody Wainberg, “O que vem com a aurora” na Casa Triângulo, SP, "Encruzilhada" no Parque Lage, curadoria de Bernardo Mosqueira e "Abre Alas" na A Gentil Carioca.Foi artista residente no Phosphorus, SP, na School of Making Thinking, NY e na Salzburg Academy, Austria. Tem trabalhos em coleções públicas e particulares, entre elas o MAR- Museu de Arte do Rio.


Misturando cosmologia indígena com narrativa ficcional, filmagem e animação criadas pela artista ANITA EKMAN, o filme Leviathan - Episódio 8, traça uma jornada espiritual e ecológica ao longo do antigo caminho Guarani que liga a floresta ao mar. Situado na Mata Atlântica brasileira, um dos biomas ecologicamente mais diversos e ameaçados da Terra, o filme que integra o Ciclo Leviathan idealizado pelo artista Shezad Dawood, foi desenvolvido em estreita colaboração entre o consagrado artista londrino com os roteiristas, diretores e ativistas Guarani Carlos Papá, Cristine Takuá, Sandra Benites e a artista e pesquisadora brasileira Anita Ekman. O filme intercala a jornada imaginada da protagonista de Dawood, Yasmine, com relatos e canções tradicionais Guarani que recontam o Ore ypy rã (Tempo de Origem), as fundamentais narrativas de origem do povo Guarani.


BARBARA SZANIECKI é professora em design (Esdi/UERJ). Graduada em Comunicação Visual, Mestrado e Doutorado em Design pela Pontifícia Universidade Católica. É Professora Adjunta e editora. Publicou os livros Estética da Multidão (Civilização Brasileira, 2007) e Disforme Contemporâneo e Design Encarnado: Outros Monstros Possíveis (Annablume, 2014).


BELLA investiga processos energéticos através da matéria, do som e da luz. Ela desenvolve pesquisas em arte sonora e tecnologia, arte digital, projetos audiovisuais, performances, instalações artísticas, oficinas, gravações de campo e composições. Sua prática também inclui a construção de instrumentos/objetos eletrônicos.


MÃE CELINA DE XANGÔ é gestora do Centro Cultural Pequena África há treze anos. Durante os anos de 2011 e 2012, foi convidada pelo Departamento de Arqueologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), através da professora Tânia Andrade Lima, a participar do reconhecimento de objetos africanos encontrados nas escavações do Cais do Valongo, localizado na Zona Portuária do Rio de Janeiro e que recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade dado pela UNESCO, por ser o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas. No ano de 2016, Mãe Celina de Xangô recebeu, no Benin, o cargo de Egum gum dentro do culto Vodu e foi consagrada Princesa da corte real de Kpassenon, em Ouidah. Mãe Celina de Xangô foi criada por suas ancestrais buscando ervas para fazer xaropes, banhos, chás e aprimorou os seus conhecimentos no candomblé. Nos últimos anos, deu início ao projeto de oficina "O Poder das Ervas" para cumprir parte de sua missão de dividir os ensinamentos de autoproteção, prosperidade e cuidado através da sabedoria dos Orixás.


CLARISSA DA COSTA MOREIRA é arquiteta urbanista, professora associada da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense e coordena o projeto de pesquisa Cidade em aberto sobre os futuros das metrópoles e suas transformações em curso.


Nascido em Barcelos, no interior do Amazonas, DENILSON BANIWA é indígena do povo Baniwa. Atualmente, vive e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro. Como ativista pelo direito dos povos indígenas, realiza, desde 2015, palestras, oficinas e cursos. Em 2018, realizou a mostra “Terra Brasilis: o agro não é pop!”, na Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, também em Niterói, como parte do projeto “Brasil: A Margem”, promovido pela universidade. No mesmo ano, participou da residência artística da quarta edição do Festival Corpus Urbis, realizada no Oiapoque, no Amapá. Esteve em exposições no Getty Los Angeles, MAM Rio, CCBB, Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu Afro Brasil, MASP, MAR e Bienal de Sidney. Além de artista visual, Denilson é também publicitário, articulador de cultura digital e hackeamento, contribuindo na construção de uma imagética indígena em diversos meios como revistas, filmes e séries de tv. Em 2019 venceu o  Prêmio Pipa na categoria online e em 2021 foi um dos vencedores indicados pelo júri.


FRANCY BANIWA é mulher indígena, antropóloga, fotógrafa e pesquisadora do povo Baniwa, clã Waliperedakeenai, nascida na comunidade de Assunção, no Baixo Rio Içana, na Terra Indígena Alto Rio Negro, município de São Gabriel da Cachoeira/AM. Engajada nas organizações e no movimento indígena do Rio Negro há uma década, atua, trabalha e pesquisa nas áreas de etnologia indígena, gênero, organizações indígenas, conhecimento tradicional, memória, narrativa, fotografia e audiovisual. É graduada em Licenciatura em Sociologia (2016) pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). É mestra (2019) e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS-MN/UFRJ). É pesquisadora do Laboratório de Antropologia da Arte, Ritual e Memória (LARMe) e do Núcleo de Antropologia Simétrica (NAnSi) da UFRJ, e do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI) da UFAM. Foi coordenadora do Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIRN/FOIRN) entre 2014 e 2016. Coordenou o Projeto de Cooperação Técnica Internacional “Salvaguarda de Línguas Indígenas Transfronteiriças”, produzido entre uma parceria UNESCO-Museu do Índio, intitulado “Vida e Arte das Mulheres Baniwa: Um olhar de dentro para fora” entre 2019 e 2020; e que prossegue em 2023 para catalogar e qualificar as peças do primeiro acervo indígena da instituição, editar um catálogo de fotografia, produzir uma exposição virtual e finalizar a produção de 3 documentários, sobre cerâmica, tucum e roça. É diretora do documentário ‘Kupixá asui peé itá — A roça e seus caminhos’, de 2020. Atualmente coordena o projeto ecológico pioneiro de produção de absorventes de pano Amaronai Itá – Kunhaitá Kitiwara, financiado pelo Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN/FOIRN), pelo empoderamento e dignidade menstrual das mulheres do território indígena alto-rio-negrino.


IAZANA GUIZZO é arquiteta e urbanista. Doutora em urbanismo pela UFRJ (2014), com o tema “Dos métodos de concepção do espaço comum: a participação em Cristopher Alexander, Lina Bo Bardi e Hassan Fathy”. Atua como professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalhou como coordenadora e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula-RJ e professora do Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho para a Qualidade do Ambiente Construído, da mesma instituição. Realizou doutorado-sanduíche no Institut d'Urbanisme de Paris (2012 e 2013). Mestre pelo programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (2008). É formada em Arquitetura e Urbanismo pela UniRitter-RS (2004) e no curso técnico de bailarino contemporâneo pela Escola Angel Vianna-RJ (2009-2011). Atuou como arquiteta e urbanista na Prefeitura de Nova Iguaçu-RJ (2006 a 2009). Participou da equipe de elaboração dos planos diretores de Nilópolis e São João de Meriti, RJ (2006). Atuou, também, como professora substituta na FAU-UFRJ (2009 a 2010), além de elaborar e executar projetos de arquitetura e intervenções artísticas.


LENIN PIRES é antropólogo, professor do Departamento de Segurança Pública da UFF e diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC/UFF). Pesquisador de Produtividade 2 do CNPq, Jovem Cientista do Nosso Estado/FAPERJ e pesquisador associado ao INCT-InEAC. Desenvolve estudos sobre circuitos e circularidade urbanas, focalizando as rimbricações das relações sociais envolvendo os chamados mercados informais, práticas relacionadas à segurança pública e organização de transportes urbanos. Em perspectiva, relações entre direito, economia e política.


LUIS CASSIANO, produtor cultural e moviemaker, atua na área ambiental há 10 anos. É versátil, criativo e experiente nas áreas do teatro e audiovisual, além de eventos culturais e projetos de educação, arte e socioambiental.


RENATA MARQUEZ é artista plástica e arquiteta-urbanista, doutora em geografia com pós-doutorado em antropologia, é professora dos cursos de Arquitetura e Design, do Programa Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo e da Formação Transversal em Saberes Tradicionais na UFMG, onde integra o grupo de pesquisa Cosmópolis (CNPq). Foi curadora do Museu de Arte da Pampulha. Pesquisa as interfaces entre arte, arquitetura, geografia e antropologia com outras epistemologias estéticas. É autora de Geografias Portáteis: Ensaio Geográfico de Crítica de Arte. (www.geografiaportatil.org) e organizou, dentre outros, os livros Escavar o Futuro, Mundos Indígenas e Habitar o Antropoceno (www.bdmgcultural.mg.gov.br/acervo-biblioteca). É editora de PISEAGRAMA, plataforma editorial dedicada a pensar outros mundos possíveis em aliança com coletivos urbanos, LGBTQIA+, afro e indígenas (www.piseagrama.org).


WELLINGTON CANÇADO é arquiteto-urbanista e professor dos cursos de Arquitetura e Design na UFMG, onde integra o grupo de pesquisa Cosmópolis (CNPq). Coordenou o programa Urbe Urge: Respostas à Emergência Climática, foi curador do projeto Seres-Rios (https://seresrios.org) e dos encontros Os Fins do Mundo na Feira Plana e Antropoceno na 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Organizou, dentre outros, os livros Escavar o Futuro, Urbe Urge, Seres-rios e Habitar o Antropoceno (www.bdmgcultural.mg.gov.br/acervo-biblioteca). Pesquisa as relações entre as metamorfoses urbanas, os impasses do design e as cosmopolíticas do Antropoceno. É membro do coletivo Ruinorama e editor de PISEAGRAMA, plataforma editorial dedicada a pensar outros mundos possíveis em aliança com coletivos urbanos, LGBTQIA+, afro e indígenas (www.piseagrama.org).


YASMINE OSTENDORF-RODRÍGUEZ, nascida em Amsterdã e radicada na Cidade do México, é curadora, escritora e investigadora que trabalha na intersecção da arte e da ecologia. É a fundadora da Green Art Lab Alliance (criada em 2012), uma rede que inclui sessenta organizações artísticas na Europa, América Latina e Ásia. A missão da aliança é promover relações que contribuam para a justiça social e ambiental, à semelhança da natureza interconectada do micélio. Ao longo de mais de uma década, conduziu pesquisas em toda a Ásia (Oriental), América Latina e Europa, concentrando-se em artistas que propõem formas alternativas de viver e trabalhar, levando, em última análise, a comunidades e sistemas mais resilientes. Trabalhou para organizações como Julie's Bicycle (Reino Unido), Asia-Europe Foundation (Singapura), Cape Farewell (Reino Unido), Labverde (Brasil) e TransArtists (Holanda) e escreveu para várias revistas internacionais. Fundou o Departamento de Investigação da Natureza na Jan van Eyck Academie (Países Baixos), o Van Eyck Food Lab (2018) e o Future Materials Bank (2020), uma base de dados de código aberto de materiais sustentáveis para artistas. Foi curadora em residência em várias instituições de arte, incluindo Kunst Haus Wien (Áustria, 2017), Capacete (Brasil, 2019-2020), Valley of the Possible (Chile, 2022), Bamboo Curtain Studio (Taiwan, 2015-2016) e colectivo amasijo (México, 2021). Ela é uma autoproclamada "micófila", explorando a aplicação de uma lente micológica na definição de modelos justos de colaboração e (auto) organização. O seu livro de estreia, "Let's Become Fungal! Mycelium Teachings and the Arts", que partilha 12 ensinamentos do mundo dos fungos, sai em Maio de 2023 e é publicado pela Valiz.


Mensalmente, a cooperação cultural franco-alemã no Rio ocupará o cinema Estação Net Rio e outros pontos da cidade. As ações põem o audiovisual em diálogo com outras manifestações artísticas, como música, literatura e dança e com temáticas como sustentabilidade e decolonização. 


A França e a Alemanha estão ligadas por uma história comum e uma amizade que é motor de transformações na Europa e no mundo. No Rio de Janeiro, a parceria se intensificou ao longo dos últimos anos, gerando diversos projetos de cooperação no âmbito cultural. As atividades são realizadas conjuntamente pelo Goethe-Institut Rio de Janeiro e pelo Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, em parceria com instituições brasileiras e internacionais.


O estreitamento das relações se deu a partir da renovação de um tratado histórico de amizade entre os dois países, no dia 22 de janeiro de 2019, em Aachen. Entre as medidas de fortalecimento da cooperação, consta a aproximação dos países por meio de institutos culturais.  


Fonte: Trevo Soluções em Comunicação

Foto: divulgação - Floresta da Tijuca- internet

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