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  • Foto do escritorPaulo de Oxalá

Cissa Guimarães estreia um novo Sem Censura com muito axé


Apresentadora falou sobre os bastidores com exclusividade

 

 

Ela é atriz e apresentadora, nasceu no Rio de Janeiro e ganhou notoriedade por seus trabalhos e novelas na Rede Globo, e sobretudo ao apresentar, e também ser repórter do programa Vídeo Show, onde ganhou de Miguel Falabella a alcunha de: “A garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia!”


Estamos falando de Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães, que é conhecidíssima como Cissa Guimarães, que agora em nova fase, vai reestrear nesta próxima segunda-feira, dia 26, o célebre Programa ‘Sem Censura’.


Contentíssima, Cissa falou com exclusividade para o blog um pouco de sua trajetória, e também sobre os bastidores do Programa.


Blog: A carioca menina Cissa é de qual bairro? Como foi a sua infância?

 

Cissa: Olha, a menina Cissa não era uma menina esperada, não. Meus pais eram mais velhos, tinha uma filha que era minha irmã, que é muito mais velha do que eu. Quando, de repente, minha mãe apareceu grávida, meu pai ficou assustadíssimo e acharam que era um menino. Esperavam que viesse um João. Então, o quarto era todo azul, era tudo roupinhas azuis, quando tinha essa coisa na época, menino azul. E a menina Cissa apareceu. Então, já cheguei meio sem estar sendo muito esperada, já estreei na surpresa, entendeu, pai? Eu nunca fui uma criança nem uma adolescente direitinha que cumprisse as regras que eram estabelecidas. Por exemplo, eu mesmo disse assim: eu não quero me casar, eu quero namorar, eu quero me juntar, eu quero ser atriz. Querer ser atriz era uma coisa muito clara para mim desde a minha mais tenra infância. Eu brincava de teatrinho na minha casa. Eu nasci no Flamengo, na Rua Paissandu, perto do Aterro do Flamengo. Então, no apartamento dos meus pais, eu sempre fazia peças de teatro, botava umas camisolas da minha mãe, cumpridas assim de renda e fazia princesas e rainhas, entendeu? Então, com meus 14, 15 anos, eu fiz muito cedo o tablado. Eu tive a honra de ter a Maria Clara Machado como professora. E segui para um lado, que não era o lado muito que os meus pais esperavam. Eu acho que naquela época os pais não queriam muito que a gente fosse artista, mas não teve jeito. E eles me apoiaram sempre que possível, com um certo receio, mas com muito amor. E aí também saí de casa muito cedo, porque eu queria viver a minha vida, eu queria viver a minha independência. Eu sou uma mulher que eu digo assim, que o meu feminismo eu provo com a minha própria vida. Eu saí de casa sem querer nada dos meus pais, porque eu não me casei na igreja e eles gostariam de me ver de véu e grinalda. Eu saí de casa e me juntei. Eu também não tinha coragem de pedir nada pra eles, nada, nada, nada, nem uma xícara, nem um... nada. Então, eu fiz tudo muito sozinha. Tive meus filhos, trabalhei, trabalho, trabalhei, trabalharei, se Deus quiser, até eu fazer a passagem quando eu encontro meu filho lá em cima. E essa menina carioca, bem carioca, que está aqui até hoje, agora nesse novo desafio, que é estar nesse programa que você já esteve tantas vezes, e que eu também já estive. E estou muito feliz, estou com uma felicidade, eu quero que você me abençoe muito, que o Papai Oxalá me abençoe muito.

 

 

Blog: Qual o desafio de comandar um programa com quase quatro décadas no ar em 2024, quando a sociedade discute pautas e cuidados que não tinham voz há poucos anos, como, por exemplo, os limites à liberdade de expressão, intolerância e racismo religioso e os crimes de feminicídio?

 

Cissa: Pai Paulo, eu estou na bancada, mas atrás de mim, tem uma equipe sensacional, uma equipe maravilhosa, que você deve conhecer bastante também, que tem trabalhado há nove meses na construção desse novo Sem Censura. Eu participo das reuniões e todos nós temos o direito e o lugar de fala, de dar pautas. Todas essas pautas que você falou agora, nós queremos trazer, e nós vamos trazer. Mas nesse primeiro momento, nós queremos privilegiar a cultura, que foi tão demonizada, foi tão desmantelada, foi um desmonte cultural absurdo. Vamos trazer gente do meio cultural, para que a cultura retome o seu lugar. E esse programa nos deu tanto... Sempre nós, artistas, viemos aqui falar e lançar os nossos trabalhos, mas todas essas pautas, sem tirar nenhuma que você disse, serão trazidas aqui, porque são pautas muito relevantes e necessárias para que o nosso público possa ter uma informação de conteúdo. E é isso que a gente quer, uma a TV pública, com essa comunicação.

 

 

Blog: Como uma mulher de fé, qual a sua visão sobre o papel da sua missão de comunicadora?

 

Cissa: O meu nome de batismo é Beatriz, que significa: aquela que traz felicidade, alegria, sabe? E várias vezes, em momentos que eu tô triste, eu digo assim: meu Deus, o que que eu vim fazer no mundo? Aquelas questões filosóficas que a gente tem. Quem sou eu? O que é que eu vim fazer no mundo? Qual é a minha missão? Eu acho que eu tenho duas missões. A primeira missão eu acho que eu já cumpri, que foi ter meus filhos, gerar pessoas, sabe? Eu gerei três filhos maravilhosos e tive a chance de poder educá-los, de poder trazer pessoas. Hoje, um mora no céu e os dois estão aqui, que são pessoas boas, pessoas com bondade no coração. Então, essa missão está cumprida. A outra é que eu todo dia, nas minhas orações, eu converso com Santa Beatriz, falo com Yansã, falo com a minha Oxum, pois eu sou filha de Oxum também. Peço que me deem alegria para que eu possa compartilhar. Eu adoro fazer os outros rirem, adoro trazer alegria, adoro trocar minha energia com as pessoas que têm energia boa.

Sinto que a minha missão como comunicadora é levar essa alegria pro outro, é levar essa minha fé, é mostrar que através da fé, você consegue passar por obstáculos que você não acredita. Pai Paulo, eu não vou superar nunca a passagem do meu filho, e nem pretendo superar, mas com a fé você consegue aceitar e continuar vivendo e dignificando a memória daqueles que se foram, entendeu? Meus pais, meu filho... E viver dignamente e trazer a minha alegria, o que me resta de alegria e que eu tenho ainda a possibilidade de ter. Então, eu acho que a minha missão é essa, é compartilhar isso com o meu público.

 

 

Blog: Friozinho na barriga? O que o público que sempre acompanhou o programa pode esperar de novo, sob seu comando?

 

Cissa: Olha, eu tô com maior frio na barriga, sim, graças a Deus. Tem aquela história já que todo mundo conhece, né, que a Fernanda Montenegro fala que o dia que ela, a Fernanda Montenegro não sentisse mais frio, ela parava de trabalhar. Eu tô nervosíssima, mas é um nervoso gostoso, é um nervoso que, o senhor me perdoe aqui utilizar essa palavra, mas é um nervoso de tesão, cheio de vontade, cheio de desejo. Eu quero passar para as pessoas muitas novidades e mostrar que a estrela é o próprio programa. O Sem Censura é a grande estrela. A gente vai continuar com o mesmo formato, mas trazendo algumas modificações. Nós teremos debatedores agora. Enfim, a gente não muda em time que está ganhando, não é, Pai Paulo? Toda essa egrégora vai continuar sendo do jeito que ela é. O que eu posso é conduzir do meu jeito. E eu quero levar esse jeito espontâneo, esse jeito alegre e de leveza para as pessoas, mas sem perder a seriedade de temas que serão abordados aqui, como você citou agora a pouco. Mas, eu quero levar é alegria.

 

 

Blog: Falando em alegria, você vai dar um toque pessoal ao Sem Censura, esse jeito Cissa de ser, ou seja, essa imagem alegre que você passa?

 

Cissa: Não tem outro jeito, eu não sei fazer diferente. Agora, a gente faz uns ensaios aqui. Eu já não começo sentada na cadeira, eu começo andando. Vou andar um pouquinho no cenário, entendeu? Levantar da cadeira um pouco... Eu acho que isso não tem jeito, Pai Paulo, é o meu jeito e assim será. Eu já passei da idade de mudar. Eu já não tenho mais tempo de mudar. Eu sou essa jovem senhora que é desse jeito, meio maluquinha, entendeu? Então, eu quero que os meus convidados aqui no programa, Pai Paulo, se sintam muito à vontade, se sintam sem censura, se sintam na sua casa. Até porque, de fato, a TV Brasil é a casa do povo brasileiro. Então, quem vem aqui está na sua casa. Não é como uma televisão privada, que você está na casa de uma família, que você está na casa do dono lá. Não, aqui é a nossa casa, minha, sua, de todos os nossos telespectadores, de todo mundo que também não nos vê, é a casa do povo brasileiro. Então, eu quero que as pessoas que venham aqui se sintam dessa maneira, sabe? Estou na minha casa, falo o que eu quiser, converso, obviamente com muito respeito e com muita alegria acima de tudo.

 

 

Blog:  Cissa, teria como você deixar uma mensagem e chamada exclusiva para o Extra?

 

Cissa: Sim, eu queria aproveitar aqui essa oportunidade maravilhosa, abençoada que estou tendo de estar conversando com o Pai Paulo de Oxalá, aqui no blog dele, e quero fazer um convite a todos vocês, para os seus familiares, seus amigos, para que nesta segunda-feira, dia 26, estejam aqui com a gente, na TV Brasil, assistindo a nossa estreia do novo Sem Censura, que estreia às 16h. O programa será diário, de segunda a sexta, das 16 às 18 horas, com muito axé, com muitos assuntos interessantíssimos, muitos debatedores maravilhosos, assuntos relevantes e muito conteúdo de qualidade para todos nós, porque o povo brasileiro merece essa informação. O novo Sem Censura está de volta, totalmente Sem Censura. Um beijo, espero vocês!

 

 

Blog: Muito obrigado, Cissa e um axé para todos. Que os Orixás a abençoe com força, saúde e com alegria tão importante, hoje em dia, para nós. Muita luz!

 

 

E quem está curioso para a estreia do novo Sem Censura?

Eu estou!

Até segunda-feira!

Ọjọ́ kan láìsí rẹ́rin jẹ ọjọ́ àwànù. Nígbànáà jẹ́kí rẹ́rin nítorí kọ́ ṣòro àìsí! 

(Um dia sem rir é um dia desperdiçado. Então, vamos sorrir, pois não custa nada!)

 

Axé!

 

Foto: Cissa Guimarães na bancada do Sem Censura – TV Brasil - divulgação

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