A Fogueira, o Ajere de Xangô e o Dia de São João
Celebrando o poder do fogo
Assim como em inúmeras culturas e tradições, Iná (o fogo) é considerado sagrado para os yorubás.
De todos os àwọn Òrìṣà (Orixás), cujo elemento é o fogo, Ṣàngó (Xangô) é o mais festejado pela sua diferente relação com esse poderoso elemento.
Para nós habitantes do ayé (mundo), a fusão do poder de Xangô com a força abrasadora do fogo, resulta em transformação, justiça, purificação, paixão e cura.
Todas essas energias que fazem parte da nossa felicidade podem ser absorvidas em um ritual público de Candomblé denominado Ààrò ti Ṣàngó (Fogueira de Xangô).
A Fogueira de Xangô é um ritual que foi recriado por antigos africanos em nosso país, que relembra as festas de Xangô no antigo continente.
Na África, os rituais dedicados a Xangô são feitos pelo Mọ́gbà (sacerdote do culto de Xangô). Aqui no Brasil é o Bàbálórìṣà (Babalorixá) ou Ìyálórìṣà (Yalorixá) que comanda os ritos, como no caso da fogueira, que é feita com troncos e gravetos e armada e acesa na área externa do Terreiro. Tudo é feito com toques de atabaques e cânticos propícios à cerimônia.
Em determinado momento do ritual ààrò (da fogueira), acontece o Ajere, que é um ritual feito com brasas em uma panela de barro com pequenos furos. Essa panela é entregue ao Orixá Xangô que dança em volta da fogueira. Por Xangô e Yánsàn (Yansã) disputarem o poder do fogo, essa panela é entregue para Yansã, pois só ela de fato é que sai para despachar o Ajere.
Na Umbanda, Xangô é representado por São Pedro, São João e São Gerônimo.
Como hoje, é 24 de junho, Dia de São João, no vídeo abaixo eu falo sobre a relação do Santo com o Orixá.
Kawòó Kábíyèsi!
Salve Xangô e Salve São João!
Axé!
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