Saravá Jurema! Saravá Umbanda!
Jurema! Oh juremê Jurema!... Cantavam os médiuns ao som dos tambores, no Terreiro da Cabocla Jurema, comandado pela Babá (era assim que se denominava a dirigente) Dinorá, no bairro de Inhoaíba, Rio de Janeiro.
Eu soube que o Terreiro acabou, mas me lembro bem da Cabocla Jurema incorporada na Mãe Dinorá. Ela (a Cabocla) andava de um lado para o outro com seu charuto acesso, ostentando um lindo cocar de penas esverdeadas. Seu brado era encantador, e quando ela baixava no Terreiro, logo a seguir chegavam outros Caboclos para trabalhar.
Sinto saudades daquela época, pois antes ser iniciado no Candomblé, conheci vários Terreiros de Umbanda. Quando cheguei do Amazonas, aqui no Rio, ainda menino, fui morar em Mesquita, no Banco de Areia, e por isso vivenciei muitas ‘giras’ nos Terreiros das saudosas Mãe Antônia e Mãe Diva. Ambas trabalhavam com o Caboclo 7 Estrelas da Jurema.
Eu fui levado ao Terreiro que eu citei acima, da Babá Dinorá, pela mina saudosa mãe carnal Eunice, e o encanto da casa, era a Cabocla Jurema, por isso através desta maravilhosa entidade, eu rendo homenagens a todos vocês umbandistas, que seguem os ensinamentos deixados naquele dia 15 de novembro de 1908, quando o Caboclo das Sete Encruzilhadas incorporou no médium Zélio Fernandino de Moraes e disse:
“A Umbanda é a Manifestação do Espirito para a Caridade! ”
Naquele momento nasceu a Religião de Umbanda, onde os espíritos se apresentam como Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Exus e Pombagiras.
Atualmente a Umbanda está em vários países do mundo, e é motivo de vitória, pois como religião nascida no Brasil é seguida e admirada mundialmente!
Parabéns, Umbanda e Umbandistas! Saravá, e Salve os 110 anos da bandeira de Umbanda que irradia; A Paz, o Amor, o Respeito e a Fraternidade!
Saravá!