O pioneirismo de Katja e Cesar Bastos
Filha de um oficial da Marinha, Katia Quintela tinha 9 anos quando foi morar nos Estados Unidos.
Aos 14 anos, conheceu Cesar Bastos, então com 19 anos, e se casaria com ele aos 21 anos.
Cesar foi Iniciado pelo Bàbálórìṣà Didi de Ajàgúnàn para Ògún Ṣorókè. Ele tinha como Guia Chefe Sr. Tranca Ruas das Almas, que foi quem aproximou e abençoou o casamento deles.
Katia foi iniciada para Yemọja há 38 anos pelo Bàbálórìṣà Geraldo de Ọ̀ṣọ́ọ̀sí e por determinação espiritual trocou a letra i em seu nome pelo j, para acelerar a concretização dos seus objetivos.
Corajosos e pioneiros, Kátja e César Bastos junto com outros sacerdotes como, a Ìyálórìṣà Abigail Kanabogy, que era conhecida como a Rainha do Catimbó, Professor José Beniste Ogan do Ilé Àṣẹ Òpó Àfọnjá, reuniram em 1994, 12 mil pessoas no Maracanãzinho no ‘Primeiro Festival das Religiões da Natureza’, o qual tive a honra de apresentar. Dentre muitos líderes religiosos da época, destacavam-se Luiz de Jàgún, Ògún Jóbí, Joaquim Motta, Guilherme de Ògún, Ọdẹ Kileuy, Ângelo de Ọ̀sányìn, Ronaldo de Òṣàlá, Lurdes de Yánsàn e Arlete Moitta.
Foram 10 horas de evento que rendeu um disco, com cantigas que hoje fazem parte das giras de Umbanda, como é o caso de Louvor a Tranca Ruas, cantado pelo saudoso Joca de Oxossi; Tributo a Maria Padilha pelo também saudoso Luis de Iansã; Luanda por Tião Casimiro; Caboclo das Sete Luas por Mano Lopes e José Carlos; Força Cigana por Janniny Damas e Águas de Oxalá pela saudosa Eulina de Iansã.
Afilhada da Rainha dos Ciganos Lhuba Estanescon Batuli, que é a mãe de Mirian Estanescon, especialista em assuntos ciganos, Katja Bastos é uma referência em encantaria cigana do Povo do Oriente.
Apesar da imensa saudade de Cesar Bastos, que faleceu em 2017, Katja diz que os projetos estão andando com a ajuda espiritual de Cesar e do Grande Mestre Tranca Ruas.
Katja lançará no dia 30 de junho, às 18h, o livro O Tarot Cigano da Trybo Cósmica - Encantaria Cigana do Povo do Oriente no Templo da Trybo Cósmica, na Estrada da Pedra, n.4700, em Guaratiba, Rio de Janeiro.
Axé!