Peixe, importante para Orí (cabeça)
No Candomblé o ẹja (peixe) simboliza equilíbrio e tranquilidade. Por esse motivo, ele é dos alimentos utilizados nos rituais de Bọrí (comida à cabeça). Assim como o ìgbín (o caramujo sagrado de Òṣàlá – Oxalá), o peixe é oferecido nos momentos em que a paz se faz necessária. Nadando com movimentos, elegantes e firmes o peixe, mesmo em cardume tem um deslumbrante equilíbrio que impede que haja choque e confusão entre si. O objetivo do seu oferecimento é para proporcionar o controle emocional e proteger de todo tipo de perigo.
Pelo seu sangue ser considerado Òtútù mímọ́ (frio e puro), o peixe é um alimento que pode ser consumido como acompanhamento nas refeições durante o período de resguardo ritualístico.
A classificação de origem é: ẹja omi iyọ̀ (peixe de água salgada) ou ẹja omi dùn (peixe de água doce).
Os ẹja òkun (os peixes do mar) pertencem a Yemọjá. O próprio nome Yemọjá provém do yorùbá: Yèyé (mãe) ọmọ (filho) ẹja (peixe)=Yemọjá (mãe dos filhos peixes).
Já os ẹja omi dùn (peixes de água doce), pertecam a Ọ̀ṣun, a Senhora das fontes dos rios e cachoeiras.
No Candomblé durante o período de resguardo ritualístico a carne de peixe é o alimento consumido como acompanhamento nas refeições.
Além de toda essa importância ritualística o peixe é avaliado pelos nutricionistas com um dos alimentos mais saudáveis.
Tí dára jùlọ (Que ótimo!)
Ẹja ló nṣèwà fún orí (O peixe traz sorte para a cabeça!)
Axé!