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  • Paulo de Oxalá

Semana da Festa Brasileira no Rio Janeiro


De 15 a 22 de agosto, acontece no CRAB – Centro SEBRAE de Referência do Artesanato Brasileiro na Praça Tiradentes, Rio de Janeiro, a “Semana da Festa Brasileira”, uma série de conversas abertas e gratuitas em torno da exposição “Festa Brasileira: Fantasia Feita à Mão”, que tem curadoria do antropólogo Raul Lody, do professor de cultura brasileira Leonel Kaz e expografia do designer Jair de Souza. Entre os participantes estão os artistas Antônio Nóbrega e Regina Casé, o cineasta Belisário França, os colecionadores João Maurício de Araújo Pinho e Irapoan Cavalcanti de Lyra, o filósofo Fernando Muniz e a pesquisadora Flora Moana Van de Beuque.


Serão cinco encontros, em que se discutirão vários aspectos do extenso universo da exposição. “Festa Brasileira” reúne, em espaços interativos, máscaras, vestimentas, objetos, adereços, e instrumentos musicais produzidos por artesãos de todo o país para as grandes festas brasileiras, como a Congada, em Minas Gerais, as Cavalhadas, no Centro-Oeste, as Folias de Reis fluminenses, os Reisados, em Alagoas, o Maracatu Rural, em Pernambuco, o Bumba Meu Boi, no Maranhão, o Boi de Mamão, em Santa Catarina, o Carnaval, em várias regiões, e festejos rituais indígenas da região amazônica.


Um dos destaques da amostra é o conjunto de indumentárias e vestimentas de baianas, dentre elas, a roupa típica pertencente à Ègbọ́nmi Nice de Oyá do Àṣẹ Engenho Velho. Ègbọ́nmi Nice de Oyá foi iniciada há mais de 50 anos pela saudosa Mãe Teté de Yánsàn, e faz parte da Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira, Bahia. A vestimenta da Ègbọ́nmi Nice foi bordada por Fernanda de Nàná na técnica de barafunda com pontos de asa de mosca e fundo de balaio.


A exposição, que fica até o próximo dia 28 de outubro em cartaz, celebra o fazer manual que está “por trás da exuberância visual das festas, de seus sons, ritmos e cores”, afirmam os curadores. Eles destacam que “Festa Brasileira torna visível o gesto amoroso de mãos que desejam preencher o mundo de beleza”.


Confira a programação:


15 de agosto, terça, às 18h30 – Curadoria e expografia: Como foi feita a exposição

Com Jair de Souza, designer, Raul Lody, antropólogo, e Leonel Kaz,

professor de cultura brasileira.

Como surge a ideia de uma exposição e como ela se desenvolve? Quais os critérios de pesquisa de fotos, vídeos, imagens? Quais os critérios para definir músicas, sonoridades? Como se "veste" uma exposição, como é o design dela? Quais os critérios para escolher os objetos? Um panorama completo para quem é curador, produtor, pesquisador de imagens, para quem faz ou curte exposições, sobre a montagem a de uma exposição.


16 de agosto, quarta, às 18h30 – O olhar do colecionador para o artesanato da festa brasileira

Com João Maurício de Araújo Pinho e Irapoan Cavalcanti de Lyra,

importantes colecionadores de arte popular, com participação de Raul Lody, antropólogo e curador da mostra.

Como se começa uma coleção? Como se escolhe um objeto ou pintura: quais os critérios? Existe um método para colecionar ou é pura intuição? Por que colecionar arte popular? Quais as aproximações entre o popular e o erudito? Uma fascinante palestra para quem quer mergulhar no universo do que é colecionar arte brasileira.


17 de agosto, quinta, às 18h30 – A máscara: dos gregos ao ritual da festa brasileira

Com Fernando Muniz, doutor em Filosofia pela UFRJ, com pós-doutorado na Brown University e na Northern Arizona University (NAU), EUA, e autor de “Prazeres Ilimitados”, entre outros livros. Participação de Flora Moana Van de Beuque, pesquisadora do Museu Casa do Pontal, doutoranda em antropologia na UFRJ.

O que é exatamente uma máscara, qual o seu sentido e função? Como explicar essa necessidade aparentemente universal de o ser humano usar máscaras? Perguntas que remetem às origens do emprego ritual da máscara, de seu aparecimento há sete mil anos, no Neolítico, e ainda mais à mitologia da máscara grega, em que deuses associados à máscara expõem a complexa relação que ela implica entre ela mesma e o rosto que esconde, entre nós e os outros, entre identidade e diferença. A palestra faz uma aproximação entre a mitologia da máscara grega (e sua derivação histórica) e seus ecos nas máscaras da festa brasileira. Flora Moana irá falar sobre sua pesquisa com as máscaras do Cazumbá.


19 de agosto, sábado, às 16h – O corpo e a dança na festa brasileira

Com Antônio Nóbrega, violinista e dançarino, "brincante" da festa, apresentador da série cinematográfica "Dança Brasileira", e Belisário França, cineasta, diretor desta série.

Uma rara oportunidade única de assistir a Antonio Nóbrega, nascido em Recife, em 1952. É violinista desde criança. Entre 1968 e 1970, já participava da Orquestra de Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife. Em 1971, foi convidado por Ariano Suassuna a integrar o Quinteto Armorial, grupo precursor na criação de uma música de câmara brasileira de raízes populares. Fruto desse envolvimento com o universo da cultura popular, a partir de 1976, começou a desenvolver um estilo próprio de concepção em artes cênicas e música, presente em seus filmes e espetáculos. Uma aula-espetáculo a não perder, mostrando como se dança a Festa Brasileira.


22 de agosto, terça, às 18h30 – Origens e atualidade: a festa brasileira que está dentro de cada um de nós.

Regina Casé, atriz, comediante, inventora de personagens e performances, e uma das mais atuantes e influentes personalidades da vida cultural brasileira, vai falar sobre a festa que está dentro dela, como as que estão nas ruas de todo o Brasil, representadas na exposição do CRAB. Um especial momento para se ouvir, ver e viver a comovedora e onírica interpretação do Brasil, por Regina Casé.


SERVIÇO: “Semana Festa Brasileira – Conversas em torno da exposição”

Realização do CRAB – Centro SEBRAE de Referência do Artesanato Brasileiro

15 a 22 de agosto de 2017

Terça a quinta, às 18h30, e sábado às 16h

Entrada gratuita


Exposição “Festa Brasileira: Fantasia Feita à Mão”

Até 28 de outubro de 2017

Terça a sábado, das 10h às 17h. Nos dias de debates a exposição ficará aberta até às 19h.

Entrada gratuita.

Praça Tiradentes, 69, Cento, Rio de Janeiro.


Axé!




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