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A força sagrada que comanda o Ayé e o Ọ̀run

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • 7 de ago.
  • 3 min de leitura

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Foto: A ligação entre o Ayé e o Ọ̀run IA-inspirada na visão religiosa de Pai Paulo de Oxalá


O Aiyê e o Orun em amostra na Caixa Cultural Rio de Janeiro

 

 

Na tradição yorubá, o Ayé, a Terra, e Ọ̀run, o céu, ou mundo invisível e ancestral, estão em constante diálogo, unidos por uma rede de forças espirituais e saberes sagrados. Essa conexão é mantida viva pelos Orixás e pelo axé de Olódùmarè, que estabelece equilíbrio entre o que está embaixo e o que está acima.

 

 No Ayé, se desenrola a vida com seus desafios, alegrias e aprendizados. É o solo onde caminhamos e nos transformamos. Já Ọ̀run (céu) é o lugar de onde viemos e para onde retornamos quando encerramos nosso ciclo por aqui. Lá habitam os ancestrais, os Orixás, e todas as forças que alimentam nossa fé. Nada do que fazemos no mundo material deixa de ter reflexo no espiritual. Cada reza, cada folha, cada gesto de gratidão percorre esse caminho entre os dois mundos.

 

A ligação entre Ayé e Ọ̀run se revela nas cerimônias, nos cânticos, nas danças e no toque do tambor, que ecoa como chamado às divindades. Quando honramos a natureza, quando respeitamos nossos mais velhos, quando invocamos os Orixás com verdade, fazemos com que esse elo entre o visível e o invisível se fortaleça. É no ayé, em que divindades revivem suas passagens, e expressam suas características e habilidades através das danças sagradas.  

Estas ações, não deixam que o sagrado seja algo distante, mas que se mostre presente no cotidiano, na água e na oferenda partilhada.

 

Entre os Orixás dessa ligação está Exu, o grande mensageiro e guardião dos caminhos, que permite que nossas palavras cheguem ao alto. Oxalá, por sua vez, é aquele que moldou os seres humanos com o barro da Terra e soprou neles o princípio da vida. Ambos lembram que o Céu e a Terra não competem entre si, mas se completam.

 

A ancestralidade afro-brasileira ensina que viver bem no Ayé é também honrar o Ọ̀run. Nossa caminhada precisa de propósito, fé e respeito pelas forças que não se veem, mas que tudo sustentam.

 

Exposição Entre o Aiyê e o Orun na Caixa Cultural Rio de Janeiro


E exaltando a cultura e a sabedoria ancestral africana, que a Exposição Entre o Aiyê e o Orun convida o público a refletir sobre a criação do mundo e da humanidade sob a ótica das religiões de matriz africana. A mostra reúne obras de 14 artistas que traduzem, em formas e cores, os mitos e mistérios que atravessam os mundos material e espiritual.

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 Foto: Imagens da Exposição ‘Entre o Aiyê e o Orun’ - divulgação


A exposição está em cartaz na Caixa Cultural Rio de Janeiro até o dia 26 de outubro. A entrada é gratuita e tem a curadoria de Thais Darzé.

A amostra o Ayé e o Ọ̀run, é uma oportunidade única de vivenciar o diálogo profundo entre os dois mundos por meio da arte.


Axé para todos!


Serviço:

Exposição ‘Entre o Aiyê e o Orun’. De 5 de agosto a 26 de outubro, na Caixa Cultural Rio de Janeiro. De terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 18h. Rua do Passeio, 38, Centro-Rio de Janeiro. Classificação: Livre. Entrada Franca.

 

No dia 13 de setembro, às 11h, a curadora Thais Darzé acompanhará o público em visita mediada. A programação é aberta ao público e não necessita de inscrição prévia.

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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