Viva Laíla, a força espiritual que ajudou a Beija-Flor

Foto: Laíla um ancestral Beija-Flor - Web com arte de Pai Paulo de Oxalá

Ele é um ésà (ancestral espiritual) que brilha na comunidade

Diferente do espírito burúkú (mau), que só traz intranquilidade e destruição, o ẹ̀mi ìtànná (o espírito de luz) ilumina nossos caminhos, fortalece nossas escolhas e nos inspira a alcançar o impossível.

Esses espíritos, quando desencarnam, se tornam guias espirituais e nos influenciam para as escolhas certas.

Honrando o legado deixado aqui no ayé (terra), eles se tornam ésà (ancestrais espirituais) do ìdílé (família) ou ẹgbẹ́ (uma comunidade, sociedade).

Laíla, que amava a Beija-Flor e dignificava todo o trabalho produzido em prol da escola, certamente ajudou na conquista do título de campeã do carnaval de 2025.

Gigante do carnaval, Laíla foi e sempre será um espírito de luz da agremiação. Seu nome está eternamente entrelaçado com a Beija-Flor de Nilópolis, escola que muito ajudou com suor, talento e espiritualidade. Com sua genialidade incansável, ele transformava sonhos em desfiles, ideias em alegorias e fé em vitória. Sua presença transcendia o mundo físico; era uma força motriz que fazia os tambores ressoarem mais fortes, os sambistas pisarem mais firmes e a emoção transbordar na avenida.

A vitória da Beija-Flor, com a homenagem a Laíla, não foi apenas um título. Foi um reencontro espiritual. Foi a prova de que sua energia ainda pulsa, inspirando cada integrante da escola, guiando cada traço do enredo, cada costura das fantasias, cada batida do surdo. Além de ser um ẹ̀mi ìtànná, um espírito de luz, ele também é um ésà (ancestral espiritual) que brilha na comunidade, mostrando que a dedicação e o amor ao que se faz são imortais.

Assim como Laíla, os espíritos de luz nos ajudam quando nos conectamos com sua essência, quando nos permitimos ser guiados por suas lições e quando compreendemos que o trabalho e a fé caminham juntos. Eles nos mostram que nada se constrói sozinho, que a coletividade é sagrada e que cada batalha vencida é fruto de esforço, disciplina e inspiração.

Laíla segue presente. Seu espírito desfila na avenida da história, aplaudido por todos que reconhecem sua grandeza. E, para aqueles que carregam o carnaval na alma, ele continua soprando ideias e abrindo caminhos, mostrando que um verdadeiro gênio nunca parte—ele apenas se torna luz.

Láàyè Laíla, ésà Fẹnokonu Òdòdó! (Viva Laíla, um ancestral Beija-Flor!)

Axé para todos!