Qual é a diferença entre Ɗǎɲ (a serpente sagrada dos ewé) e Òṣùmàrè?
Foto: Ʋòɖʊ́ɲ AíɗǎɲꞪwɛ́ɗó e Òṣùmàrè - arte Pai Paulo de Oxalá
Por que Òṣùmàrè é o dono da ọ̀pẹ àgbàgbà (a palmeira da ancestralidade)
O culto a Òṣùmàrè é originário de terras Mahin do antigo Dahomé, onde seu nome original é Ʋòɖʊ́ɲ AíɗǎɲꞪwɛ́ɗó ou ɲyǐ alɛ (o arco-íris sagrado).
Ɗǎɲ (a serpente sagrada dos ewé símbolo máximo do Ʋòɖʊ́ɲ AíɗǎɲꞪwɛ́ɗó) foi levada para a antiga cidade de Ọ̀yọ́ que foi reconstruída depois da guerra entre os ewe e os yorubás.
Em Ọ̀yọ́, o culto soberano é o de Ṣàngó, e Ʋòɖʊ́ɲ AíɗǎɲꞪwɛ́ɗó passou a ser chamado de Òṣùmàrè (o arco-íris sagrado). Para invocá-lo, os yorubás preservaram a saudação sagrada original no idioma fon: "Aɦò bòbòy."
Òṣùmàrè e a ọ̀pẹ àgbàgbà (a palmeira da ancestralidade)
No início do mundo, as pessoas desobedeciam os desígnios de Olódùmarè, o que desagradava ao Criador. Para restaurar a harmonia, Olódùmarè deu poderes a Òṣùmàrè e o enviou ao mundo. Òṣùmàrè reuniu todos aos pés da palmeira da ancestralidade e proclamou que as palmeiras seriam sagradas, instruindo que o umbigo das crianças fosse enterrado ali para garantir obediência e um destino seguro. Após o acordo, Òṣùmàrè desapareceu, ressurgindo como arco-íris, símbolo da conexão sagrada com Olódùmarè. Desde então, o ato de enterrar o umbigo das crianças passou a representar a força e a obediência, e o arco-íris é a personificação sagrada da conexão entre os seres humanos e o Criador.
Aɦò bòbòy Vòdʊ́ɲ Dǎɲ!
Aɦò bòbòy Òṣùmàrè!
Axé para todos!
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