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Para quem crê, a fé e Orí mudam o destino

  • Foto do escritor: Paulo de Oxalá
    Paulo de Oxalá
  • 14 de out.
  • 3 min de leitura
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Foto: Fé e Orí - IA-inspirada na visão religiosa de Pai Paulo de Oxalá


Não é sorte é entrega

 

A fé é uma das forças mais antigas e poderosas que habitam o ser humano. Ela não se explica pela lógica nem se mede pelos sentidos. A fé é o sopro que sustenta a esperança quando tudo parece incerto. É a certeza silenciosa que brota do coração e atravessa as dificuldades com confiança. Crer é um ato de poder, é afirmar ao universo que o impossível também pode acontecer quando há entrega, disciplina e verdade no querer.

 

Na tradição dos povos yorubás, a fé não caminha sozinha. Ela está profundamente ligada a Orí, que é a cabeça física e espiritual de cada pessoa. Orí é o centro da consciência, a morada da nossa individualidade. É o ponto onde o humano e o divino se encontram. Tudo o que fazemos, sentimos e atraímos passa por Orí, pois ele é o primeiro Orixá que cada ser recebe antes mesmo de nascer. Por isso, diz-se que nenhum Orixá é mais forte do que o Orí de uma pessoa.

 

Cuidar de Orí é cuidar de si mesmo. É reconhecer que a prosperidade, o amor e a saúde não dependem de sorte, mas do equilíbrio interior. Quando a cabeça está em paz, o caminho se abre. Quando está confusa, o destino se embaralha. Orí precisa ser reverenciado, alimentado e orientado, porque é ele quem escolhe o caminho a ser seguido. É através do oráculo, o jogo de búzios, que Orí busca o conselho dos Odùs, mensageiros sagrados de Ọ̀rúnmìlà, o grande sábio que conhece o destino de todos os seres.

 

Os Odùs são forças que narram a história espiritual de cada pessoa. Eles revelam os desafios, os dons e as possibilidades que acompanham a existência. Cada consulta ao oráculo é um diálogo entre o Orí da pessoa e o mundo espiritual. Èṣù (Exu), o primeiro a ser saudado, é quem garante que essa comunicação aconteça. Ele leva as mensagens aos Orixás e traz de volta as respostas. Sem Èṣù não há movimento, não há entendimento. Ele é o mensageiro que faz com que o que é espiritual se torne realidade.

 

Quando uma pessoa aprende a escutar o seu Orí, ela passa a compreender que a vida não é obra do acaso. O destino pode ser escrito, mas não é imutável. Ele se transforma conforme as escolhas, as ações e a fé. O que chamamos de sorte, muitas vezes, é apenas o resultado da harmonia entre a vontade humana e o propósito divino.

 

A fé sem ação é apenas esperança. A ação sem fé é apenas tentativa. Quando a fé se une ao Orí, o ser humano se torna capaz de mudar o próprio caminho. É nesse ponto que a entrega se revela mais forte do que o desejo. Entregar-se é confiar que o universo trabalha em nosso favor, desde que saibamos respeitar o tempo, o equilíbrio e os ensinamentos dos Orixás.

 

Portanto, não é sorte quando o destino melhora. É Orí respondendo à fé. É o resultado da confiança, da prática e da devoção. É a força do invisível moldando o visível. Aquele que acredita e se entrega de verdade desperta em si o poder de transformar a própria vida, porque a fé e Orí, quando caminham juntos, são o segredo da realização e da vitória.

 

Orí nílò ìgbàgbó ìgbàgbó láìsí Orí kò ní agbára. (Orí precisa da fé, a fé sem Orí não tem poder.)

 

Axé para todos!

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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