Oxóssi ganha de Oxalá o direito à roupa branca
O respeito é a base da fé
Ọ̀ṣọ́ọ̀sí era o caçador e líder do povo Arò da cidade de Kétu.
Além de ótimos caçadores, o povo Arò cultivava a planta ẹ̀lú que produz o Wájì, um pó azul que era usado em pintura de roupas e também na pintura corporal de guerra.
Um dia, o reino de Kétu foi assolado por uma seca que afetou a produção do Wájì.
Com a falta das roupas azuis, eles passaram a enrolar o corpo em lençóis brancos, o que lhes motivou um surto de alergia, pois pela tradição eles só poderiam usar a cor azul.
Mediante a esse fato, Oxóssi foi consultar um Bàbáláwo, que lhe disse para procurar Ọbàtálá-Òṣàlá, o senhor da roupa branca.
Ao chegar no palácio de Ọbàtálá, Oxóssi foi recebido pelos guardiões de Ọbàtálá com um pó branco chamado Ẹfun. Os guardiões jogaram o pó em Oxóssi e disseram para ele ir até Ọbàtálá.
Assim que Oxóssi se aproximou de Ọbàtálá, o Ẹfun se transformou em uma roupa branca. Então, Ọbàtálá disse: “Sei por que viestes. A partir de agora, tu poderás usar a roupa branca, mas o teu povo continuará usando o azul”.
Desse modo, assim que Oxóssi chegou em Kétu usando o branco junto com o azul em suas vestes, por determinação de Ọbàtálá- Oxalá, a chuva caiu e o reino voltou a prosperar.
Ọ̀wò ni ìpìlẹ̀ ìgbàgbọ́! (O respeito é a base da fé!)
Axé!
Foto: Oxóssi e Oxalá - Pai Paulo de Oxalá
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