Orixás alertam: queimadas destroem florestas e violam a harmonia sagrada
Foto: planeta em chamas – arte Pai Paulo de Oxalá
Orixás nos chamam à responsabilidade pela vida no planeta
Os Orixás regem os elementos naturais, que desempenham um papel essencial na manutenção da vida no planeta. As queimadas, que destroem florestas e áreas naturais, agridem diretamente Oxóssi, o caçador divino, senhor das florestas e protetor dos animais. O fogo consome o habitat de inúmeras espécies, deixando-as sem abrigo, alimento e local para reprodução, o que leva ao declínio populacional e, em muitos casos, à extinção.
As queimadas também ferem Ossaim, o senhor das folhas e plantas, guardião dos mistérios medicinais. Muitas plantas curativas nascem nas florestas, e sua destruição pelo fogo compromete a existência de ervas valiosas, privando a humanidade de tratamentos naturais e sabedoria ancestral.
Iroko, o Orixá árvore, também sofre com as queimadas. A destruição das árvores abala a estrutura espiritual e física da terra, desestabilizando o equilíbrio climático e ambiental. Sem as árvores, as florestas perdem seu poder sagrado, e a terra sente as consequências da degradação.
Oxum, a senhora das águas doces, é agredida quando as queimadas eliminam a vegetação que protege o solo. Sem essa barreira natural, o solo se erode e os detritos contaminam os rios, poluindo as águas e ameaçando a vida aquática. A biodiversidade dos rios é diretamente impactada, resultando na morte de peixes, anfíbios e aves.
Yansã, a senhora dos ventos, vê os padrões de circulação atmosférica alterados pelas queimadas. O fogo libera grandes quantidades de fumaça e calor, afetando os ventos e, consequentemente, os ciclos climáticos em diversas regiões, gerando instabilidade climática.
Oxumaré, o senhor da chuva e da renovação, também é prejudicado. As queimadas reduzem a evapotranspiração, diminuindo a umidade no ar e impactando diretamente os ciclos de chuvas. Isso causa secas prolongadas e prejudica a regeneração dos ecossistemas.
Nanã, a grande matriarca, responsável pela lama e pelos manguezais, vê seus domínios ameaçados pelo avanço das queimadas nas áreas ao redor dos pântanos. A alteração dos cursos de água e a perda de vegetação afetam esses ecossistemas vitais para muitas espécies de plantas e animais.
Euá, que comanda as garoas e chuvas finas, também sente os efeitos das queimadas. Sem a vegetação para liberar vapor d’água na atmosfera, a formação de chuvas se torna menos frequente e irregular, comprometendo o ciclo das águas.
Por fim, Oxalá, o criador da vida, observa o ar se encher de fumaça e gases tóxicos liberados pelas queimadas, agravando o efeito estufa e acelerando o aquecimento global. O equilíbrio do planeta é quebrado, e o impacto disso atinge toda a criação.
Os Orixás não nos punem, mas nos alertam. A humanidade está errando ao destruir a natureza em busca de um progresso imediato e ganancioso, resultando em tragédias ambientais que afetam a vida em todo o planeta.
A terra, nossa casa, está em perigo. Se a terra perece, a vida também perece. Os Orixás nos chamam à responsabilidade.
Jẹ́kí gbà sí ayé! Jẹ́kí gbà sí ìyè! (Vamos salvar a terra! Vamos salvar a vida!)
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