Orí (cabeça), sem noção, é corpo sem atenção

Foto: Orí buscando direção. Web — Matizes de Pai Paulo de Oxalá
Orí: o mestre do corpo
A sabedoria popular nos alerta: ‘Cabeça que não pensa, o corpo padece.’ Isso se reflete diretamente na nossa relação com Orí, nossa essência mais profunda, o verdadeiro mestre do destino.
Orí é mais que uma parte do corpo; é a centelha divina que orienta cada decisão, cada passo e cada experiência. Antes mesmo de qualquer Orixá intervir, é Orí quem determina nosso caminho, pois ele é o primeiro e o mais essencial elo entre nós e o sagrado. Sem Orí em harmonia, nenhum pedido, reza ou oferenda terá o efeito desejado.
Por isso, honrar Orí é fundamental. O ritual de Bọ́rí é uma das formas mais conhecidas de fortalecer essa energia, mas há práticas diárias que também ajudam a equilibrar e energizar nosso Orí. Mentalizar pensamentos positivos, contemplar a beleza do mundo ao nosso redor e reconhecer a nossa participação no universo são formas poderosas de fortalecer essa conexão.
O que lemos, o que ouvimos e com quem nos relacionamos influenciam diretamente nossa energia. Escolher boas companhias, cultivar amizades verdadeiras e manter laços familiares saudáveis são formas de manter Orí alinhado. Da mesma forma, buscar atividades prazerosas sem excessos, alimentar-se de forma equilibrada e evitar hábitos prejudiciais ou viciantes, também são formas de cuidar do nosso bem-estar integral.
Antes de dormir, dedicar um momento ao sagrado por meio da oração e da reflexão fortalece essa conexão com Orí e com o Orixá que nos guia. O descanso se torna mais reparador e a vida mais harmoniosa.
Cuidar de Orí é cuidar de tudo aquilo que somos. Um Orí fortalecido nos conduz ao equilíbrio, às boas escolhas e à plenitude. Orí desorientado, por outro lado, gera um corpo enfraquecido e um destino sem rumo.
Láàyè Orí rere! (Viva a boa cabeça!)
Axé para todos!
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