Olódùmarè kíkí ayaba! (Deus salve a rainha!)
A morte da Rainha Elizabeth II, nos faz relembrar que historicamente a organização sócia cultural baseada em um líder denominado de rei, deriva dos primeiros chefes tribais africanos. Este sistema de liderança que foi batizado pelas civilizações de ‘sistema monárquico’, em que um líder decide e responde por toda a sociedade foi exportado para o mundo inteiro, pelos povos africanos.
Na Nigéria os ‘àwọn ọba ayaba’ (reis e rainhas) exerciam também papel de líderes religiosos. A esses sacerdotes eram atribuídos poderes sobrenaturais, e quando acontecia o falecimento de um deles, eles eram elevados a condição de Ẹbọra, irúnmọlẹ̀, imọlẹ̀ ou Òrìṣà (divindades).
Um grande exemplo dessa elevação divina é Ṣàngó, que segundo a mitologia yorubá, teria sido o quarto rei da cidade de Ọ̀yọ́, e que depois da sua morte, passou a ser cultuado como Òrìṣà (Orixá).
Mítica ou divina, o fato é os que reis e rainhas despertam em seus povos paixões que os tornam eternas lendas.
Com a morte da a Rainha Elizabeth II não será diferente. Ela entra para a eternidade como a monarca de maior reinado e com muitas histórias que serão contadas e decantadas.
Olódùmarè kíkí ayaba! (Deus salve a rainha!)
Axé!
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