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O poderoso axé de Ìyá Nàsó é enaltecido na Sapucaí

Foto do escritor: Paulo de OxaláPaulo de Oxalá

Foto: Terreiro do Engenho Velho em Salvador e integrantes da UPM com religiosos do Terreiro


Unidos de Padre Miguel materializa a história do Engenho Velho

 

A Unidos de Padre Miguel estreia no Grupo Especial do Carnaval carioca com um enredo de grande relevância histórica e cultural: " Ẹgbẹ́ Ìyá Nàsó", que trará para a Marquês de Sapucaí a trajetória do Candomblé da Casa Branca do Engenho Velho e a importância da líder religiosa que ajudou a fundar aqui, o ‘Candomblé’, um modelo de culto de raízes africanas adaptado para o Brasil.

 


A origem de um legado

 

O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, localizado em Salvador (BA), é reconhecido pelo seu pioneirismo no país, tendo sido fundado na primeira metade do século XIX. Inicialmente, ele era conhecido como Candomblé da Barroquinha, mas a perseguição religiosa forçou sua migração do centro da cidade para o bairro do Engenho Velho, onde permanece até hoje como um dos mais respeitados espaços de culto aos àwọn Òrìṣà (Orixás).

 

Por sua relevância para as religiões afro-brasileiras, a Casa Branca foi o primeiro terreiro tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um reconhecimento que agora completa 40 anos. Esse marco, assim como a história de luta e resistência dos primeiros adeptos da fé dos Orixás no Brasil, será o fio condutor do desfile da Unidos de Padre Miguel.

 


Ìyá Nàsó: a senhora que plantou o axé

 

No coração desse enredo está a Ìyálórìṣà (Yalorixá) Ìyá Nàsó Ọká, personalidade fundamental na consolidação do Candomblé no Brasil. Seu nome verdadeiro era Francisca da Silva, e ao lado de outras africanas de etnia yorubá, ela foi responsável por fortalecer a religiosidade afro-brasileira e garantir a continuidade do culto aos Orixás em solo baiano. Sua luta, liderança e determinação, fizeram do Terreiro do Engenho Velho um dos principais centros de referência do Candomblé no país.

 

A história dessas mulheres, que enfrentaram perseguições e obstáculos para manter viva sua fé a tradição, será exaltada na avenida com todo o brilho e a força do samba.

 


A história celebrada e materializada na avenida

 

A responsabilidade de materializar essa história na Sapucaí, está nas mãos do renomado carnavalesco Alexandre Louzada, em parceria com Lucas Milato, dupla que conduziu a Unidos de Padre Miguel ao título da Série Ouro no último carnaval, garantindo seu lugar na elite do samba.

 

Além de destacar a ancestralidade e a resistência da Casa Branca, o desfile também pretende ressaltar a união dos integrantes da escola e da comunidade que, ao longo das décadas, fortaleceu essa agremiação da Zona Oeste carioca.

 

Conforme a tradição, a escola que sobe da Série Ouro para o Grupo Especial é a primeira a desfilar no ano seguinte. Assim, a vermelho e branco de Padre Miguel, fundada em novembro de 1957, será a responsável por abrir o Carnaval 2025, desfilando no domingo, 2 de março, na Marquês de Sapucaí.

 

Será uma noite de celebração, memória e reafirmação do axé na avenida.

 

Láàyè ìtàn Ìyá Nàsó! (Viva a história de Ìyá Nàsó!)


Axé para todos!

 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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