O brilho e a força de Mãe Meninazinha na Marquês de Sapucaí
Mãe Meninazinha conta que ainda na barriga de sua mãe carnal Mariazinha de Nàná, Ọmọlu, o Orixá de sua avó Ìyá Davina, fez um comunicado ao povo do axé:
“Naquela barriga tem uma filha de Ọ̀ṣun, que será a herdeira do axé!”.
Viva a sabedoria de Ọmọlu, pois majestosamente Mãe Meninazinha além de herdeira de um grande axé, é uma líder empenhada na preservação das tradições do Candomblé. Há décadas, ela lidera a campanha ‘Liberte Nosso Sagrado’, que reivindicava a transferência dos objetos sagrados que foram confiscados pela polícia em uma época de perseguição religiosa.
Junto com outras lideranças religiosas, pesquisadores, ativistas do movimento negro, organizações da sociedade civil e a Comissão de Direito Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ela conseguiu em 2021 que essas peças sagradas fossem resgatadas e colocadas em exposição no Museu da República, no Catete.
Por tudo isso, e muito mais, é que ela recebeu nesta noite, a justa homenagem da Escola de samba Unidos da Ponte que apresentou o enredo:
Liberte nosso sagrado: o legado ancestral de Mãe Meninazinha
O enredo foi desenvolvido pelos carnavalescos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz, que em busca do título da Série Ouro do carnaval 2023, abordou a luta de uma das mais importantes Iyalorixás do Brasil, e também celebrou a ligação da Ìyá com a cidade de São João do Meriti, cidade sede da agremiação.
O desfile foi maravilhoso e cumpriu o seu papel de mostrar o legado de Mãe Meninazinha!
Parabéns Ìyá!
Má pẹ̀lú wa mímọ́! (Não mexam com o nosso sagrado!)
Axé!
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