Não julgue sem provas, pois Xangô não permite injustiças

Foto: A força do machado de Xangô - arte pai Paulo de Oxalá
A lei e a dupla face do machado de Xangô
O machado de Xangô, com sua força dupla, simboliza o equilíbrio e a justiça divina. Ele nos ensina que tudo na vida possui dois lados, duas versões que precisam ser compreendidas antes de qualquer julgamento. Assim como a lâmina do machado, que corta em ambas as direções, as situações que vivemos também apresentam diferentes perspectivas. Quando alguém nos traz um relato, é essencial ouvir não apenas o que foi dito, mas também buscar o outro lado da história, evitando pré-julgamentos que podem resultar em injustiças.
A vida, em sua essência, é composta por dualidades: o bem e o mal, o certo e o errado, o claro e o escuro. Devemos lembrar que cada experiência, cada conflito e cada decisão têm mais de uma versão, e apenas ao conhecê-las podemos formar um juízo mais equilibrado. Xangô, o grande juiz de Olódùmarè, é o exemplo máximo dessa justiça imparcial. Ele nos mostra que, se falharmos em nosso julgamento, seremos responsabilizados, pois diante de Xangô, "quem deve paga, e quem merece recebe". Sua sabedoria é infalível, e ele aplica a sentença com precisão, sempre garantindo que a verdade prevaleça.
Por isso, é necessário estarmos atentos para não nos deixarmos levar por fofocas ou relatos superficiais. Ao invés de formarmos opiniões precipitadas, devemos sempre buscar ouvir todas as partes envolvidas em uma situação. A justiça de Xangô nos convida a agir com prudência, pedindo discernimento para entender melhor os fatos antes de agir. E, quando necessário, confiar o julgamento final a ele, o detentor da verdade, para que a justiça seja feita da forma mais sábia e correta.
Oṣẹ ti Ṣàngó kèkà pe gbogbo ni ìyè àwọn ẹgbẹ méjì. (O machado de Xangô retrata que tudo na vida tem dois lados).
Axé para todos!
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