Ilê Omijuarô segue firme o legado de Mãe Beata
A imagem do quadro acima é uma homenagem de Rafael de Ọ̀ṣọ́ọ̀sí para o Bàbá Adailton Moreira que neste último domingo, dia 11 de outubro, completou 57 anos de vida.
Pai Adailton é filho biológico e o Bàbálórìṣà sucessor da saudosa Ìyálórìṣà Beata de Yemọja, fundadora do tradicional terreiro Ilê Omijuarô, localizado no Bairro de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Em uma conversa direta para o nosso blog, desprovida de formalidades, Pai Adailton nos falou que continua firme e forte com o legado deixado por mãe Beata.
“Sim, continuo com a luta pela preservação das tradições das religiões de matriz africana, contra o preconceito, os crimes de racismo e intolerância religiosa. Nesse ano em que o Ilê Omijuarô completa 35 anos de atividades religiosas, nós lançamos em julho a cartilha: ‘Viver sem violência sob a proteção dos Orixás’, que tem o objetivo de combater e denunciar todos os tipos de violência, principalmente, aqueles praticados contra as mulheres”.
Bàbá Adailton também falou sobre a pandemia do coronavírus e o Candomblé:
“A pandemia nos ensinou que a solidariedade é a atitude determinante para a nossa elevação. Esse é o momento que realmente temos de nos proteger e proteger o próximo.
Nossas festividades estão suspensas, e não permitimos aglomerações. Estamos fazendo a nossa parte, e tenho certeza, que se minha mãe estivesse conosco, estaria agindo assim também”.
Mãe Beata faleceu em 2017, e além do Bàbá Adailton deixou também no grupo do ẹgbẹ́ seus filhos carnais Ìyá láṣé Ivete, Ìyá Kékére Doy, o Aṣògún Aderbal e muitos Ọmọ Òrìṣà (filhos de santo), amigos e seguidores.
Frase marcante de Mãe Beata: Rárá fẹ́ jẹ́ jìyà bẹ́ẹ̀ bọ̀wọ̀ fún! (“Não queremos ser tolerados e sim respeitados!”).
Axé!
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