Hoje, 4 de dezembro, celebramos a vibrante e audaciosa força de Yansã

Foto: Yansã protegendo uma filha -  IA-inspirada na visão religiosa de Pai Paulo de Oxalá

Orixá revelou a Obaluaiyê o controle sobre o vento maléfico

Hoje é dia de reverenciar a energia vibrante de Yansã, a senhora que movimenta o mundo com seus ventos, que abre caminhos com sua coragem e que inspira cada passo de quem busca transformação. Sua presença chega como a brisa que acalma e como a tempestade que desperta, lembrando que viver é ter ousadia para mudar e firmeza para seguir adiante.

Yansã é conhecida como a mãe dos ventos, das tempestades, dos raios e dos redemoinhos. Guerreira incansável e dona de uma energia quente e impetuosa, ela representa a vida em constante movimento e a força que rompe estagnações. Seu poder é tão intenso que nenhum obstáculo permanece quando seu vento toca a terra. Também é guardiã da ponte que une o mundo dos vivos ao mundo dos ancestrais, conduzindo e orientando os eguns e mantendo viva a memória dos que já partiram.

Suas cores são o branco e o vermelho em vários tons, símbolos do fogo que transforma, da paixão que impulsiona e do brilho que ilumina. Cada cor expressa a intensidade de sua presença e a vibração que ela desperta quando chega para renovar energias e fortalecer espíritos.

Entre suas oferendas está o acarajé, que carrega a força do feijão fradinho, a quentura do azeite de dendê e a energia ancestral que agrada seu espírito guerreiro. Outros presentes também podem ser dedicados a ela, como flores vermelhas e amoras que expressam alegria, vitalidade e movimento. Cada oferenda tem o propósito de agradecer, abrir caminhos e equilibrar a vida de quem busca sua força.

Um mito conta que Yansã, curiosa e destemida, desejava compreender os segredos da morte. Foi nesse desejo que aprendeu com Obaluaiyê o poder de lidar com os espíritos. Ele a ensinou a comandar os eguns e, em retribuição, Yansã dividiu com ele o poder de conter os ventos que espalham doenças. Desde então, ela se tornou aquela que atravessa mundos e conduz as energias ao Ọ̀run, enquanto Obaluaiyê passou a controlar os ventos doentios. Esse mito revela sua coragem incomparável e sua disposição de aprender, transformar e compartilhar poder.

Venerar Yansã é celebrar o movimento, a vida que se renova e a coragem que floresce até nos tempos difíceis. Hoje sua força nos envolve e nos convida a abandonar medos antigos, soltar o que pesa e acreditar que cada escolha pode nos levar a caminhos melhores. Ela protege quem não se acomoda, quem luta, quem enfrenta o vento e quem honra a ancestralidade.

Que o dia de Yansã traga vento que limpa, fogo que fortalece e tempestade que desperta. Que sua luz aqueça nossos corações e nos guie com sabedoria, coragem e paixão pela vida.

Èpà Heyi! Salve Yansã!

Axé para todos!