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Foto do escritorPaulo de Oxalá

Exposição Ọkàn Mímọ́ de Fábio Seabra estreia neste sábado


Artista exprime a exuberância sagrada dos Orixás


Carioca de Botafogo, Fábio Seabra tinha 9 anos quando foi levado por Dona Lúcia, sua mãe carnal, por conta de uma doença, para a Tenda Espírita Ogum 7 Ondas, que era dirigida pela Babá de Umbanda Aída Esteves. Esse foi o seu primeiro contato com um Templo de religião de matriz africana.


O tempo passou e já na faculdade conheceu o professor de cultura brasileira Ivan Proença que o levou a um ṣiré (xirê-cerimônia pública de Candomblé). Lá, pela primeira vez Fábio viu de perto os àwọn Òrìṣà (os Orixás) incorporados nos ọmọ Òrìṣà (filhos de santo) paramentados e dançando.

A partir daí, o encanto foi tanto que em 1988 Fábio Seabra foi iniciado para Lógun Ẹ̀dẹ pelo saudoso Bàbálórìṣà Francisco de Yemọja, do Àṣẹ Ẹfọ́n e tornou-se Fábio de Lógun.

Pai Francisco faleceu em 2001, e Fábio de Lógun, sempre em busca de conhecer mais sobre o sagrado, tomou obrigações com o Pai Eduardo de Ọ̀ṣun, do Àṣẹ Gantois.


Atualmente, Fábio de Lógun está aos cuidados religiosos do Bàbálórìṣà Bira de Ọbalúwáiyé do Àṣẹ Engenho Velho.


No âmbito profissional, Fábio Seabra é designer gráfico, colunista e podcaster. Isso faz com que ele coloque em prática o seu potencial e seu envolvimento com a arte e as cores, que vem desde criança.

Fábio trabalhou em várias empresas e fez assessoria de publicidade para alguns artistas, como a cantora Luiza Possi.

Durante o isolamento social imposto pela pandemia da covid, Fábio usou o tempo para retratar sua arte, com uma visão bem particular em pinturas que exprimem a personalidade e a exuberância de cada Orixá.


Diz um ditado: ‘o que é bonito é para ser visto’ e foi com o incentivo das amigas Luiza Alves e Conceição Gomes que Fábio decidiu mostrar suas pinturas em uma Exposição intitulada Ọkàn Mímọ́, que na língua yorùbá significa: Consciência Sagrada.


A Exposição será lançada neste sábado, 15 de abril, no Rio de Janeiro, no Parque das Ruínas em Santa Teresa.


Conceição Gomes, que também é Ẹkẹdi (cargo religioso feminino que assessora diretamente o Bàbálórìṣà ou Ìyálórìṣà), assumiu a direção da Exposição que foi organizada em três coleções:


A primeira é ‘Beleza Sagrada’, que é baseada em rostos de Orixás, onde Fábio exalta a beleza que percebe nas divindades, denotando o sentimento e a postura de cada um, através de seus olhares e expressões. As imagens vão de Èṣù a Ọbàtálá.


A segunda coleção se baseia nos símbolos sagrados dos Orixás que tem a particularidade de identificá-los, e mostrar a ligação de cada um com o Ọ̀run (céu) e o ayé (terra). Essa coleção chama-se: ‘Ferramentas e Armas sagradas’.


Já na Coleção Urban Arts Mímọ́ (Arte Urbana Sagrada), o artista traz uma versão em brochura digital e monocromática, dando um tom minimalista e mais moderno ao Orixá na visão do novo mundo.


Colocando em prática a magnânima filosofia Bantu ‘Ubuntu’, Fábio Seabra convidou a escritora Carolina Rocha – a Dandara Suburbana, o poeta João Ximenes e o escultor Cláudio Kfé para agregarem diferentes formas de arte à essa exposição, tornando a exposição um encontro de expressões artísticas.


Àìní tenumó tàwa ánira! (A necessidade desperta nossos dons!)


Axé!


Serviço:

Exposição de Arte Visual Ọkàn Mímọ́ de Fábio Seabra. Abertura neste sábado, 15 de abril, às 15h, no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas. Rua Murtinho Nobre 169, em Santa Teresa, Rio de Janeiro. A Exposição ficará até 14 de maio, com entrada gratuita e classificação livre.


Ficha Técnica:

Artista – Fábio Seabra

Artistas Convidados – Carolina Rocha, Cláudio Kfé e João Ximenes

Curadoria/Produção – Conceição Gomes

Filmaker – Victor Ruy

Fotografia – Maria Luiza Alves

Paisagista/Decoração – Lourenço Rodrigues

Produção Artística – Rogério Madruga

Realização – E Aí Eventos e Produções Culturais



Fotos: divulgação Ọkàn Mímọ́



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