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Foto do escritorPaulo de Oxalá

A semana é de Ṣànpọ̀nná, o regulador do equilíbrio e da vitalidade no mundo




Foto: Ṣànpọ̀nná (Xaponan) – arte Pai Paulo de Oxalá



No jogo de búzios, Ṣànpọ̀nná fala através do Odù Éjìọ̣lògbòn ou Òtúrúpòn

 


Ṣànpọ̀nná (Xaponan) é o guardião da cura e da proteção contra as adversidades que afetam os humanos aqui no ayé (terra). A ele devemos pedir para afastar os infortúnios, promover a harmonia e garantir a preservação da vida.

 

O culto a Ṣànpọ̀nná (Xapanã-Xaponã) é originário do território Tápà, no antigo Dahomé, onde ele era celebrado como Sakpàtá, o Ainon (Senhor da Terra). Irmão de Sogbo, seu culto ganhou grande relevância entre os fon antes de ser levado para as terras yorubás, onde passou a ser conhecido como Ṣànpọ̀nná. No contexto fon e yorubá, ele é uma divindade profundamente ligada à conservação da saúde e às forças regeneradoras, especialmente no combate às doenças epidêmicas e contagiosas. Seu poder está associado ao sol, e suas oferendas são entregues quando o astro está em seu auge, irradiando sua energia transformadora.


Ṣànpọ̀nná carrega consigo a Igbá wòsàn (cabaça da cura), um poderoso símbolo de sua atuação sobre a revitalização e a proteção do corpo humano contra enfermidades. Respeitar Ṣànpọ̀nná é essencial, e um gesto tradicional de reverência inclui tocar o dedo no chão e levá-lo à cabeça, reafirmando a submissão à sua força.

 

Seu dia de culto é a segunda-feira, momento ideal para rituais de descarrego e oferendas que promovam bem-estar e proteção.


Suas cores, vermelho, branco e preto, representam equilíbrio e renovação.


Uma de suas oferendas mais conhecidas é o Dobúrù epo (pipoca no dendê), que assegura consolo e fortalecimento espiritual.


Além de ser um protetor da vitalidade, Ṣànpọ̀nná também nos ensina sobre a importância da disciplina e da generosidade. Ele nos assegura a convicção de manter a ordem e o equilíbrio no dia a dia.


No jogo de búzios, por Odù, Ṣànpọ̀nná está profundamente relacionado ao Odù Éjìọ̣lògbòn (ou Òtúrúpòn), representado por treze búzios abertos. Este Odù reflete a dualidade entre o poder restaurador e a fragilidade humana diante das adversidades.

Quando Éjìọ̣lògbòn surge de forma positiva, ele anuncia uma melhora imediata de vida, trazendo bênçãos e superação de desafios. Contudo, em sua forma negativa, ele é um alerta sobre instabilidade e a necessidade de precaução. Este é um chamado para buscar proteção espiritual e fortalecer o equilíbrio pessoal. Quando Éjìọ̣lògbòn cai no jogo, é essencial realizar ẹbò (oferenda) para apaziguar os perigos e atrair a proteção de Ṣànpọ̀nná, garantindo vitalidade, segurança e estabilidade em todas as esferas da vida.

 

Se você precisa de orientação ou deseja compreender melhor os Orixás e os Odùs, entre em contato pelo WhatsApp: (21) 99400-7107.

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