A fé e o samba
Segundo Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, autores do Dicionário da História do Samba, os fatos comprovam que não se pode desassociar a relação entre as antigas escolas de samba das religiões afro. As “Tias” (antigas baianas) eram iniciadas no Candomblé e levavam para essas escolas palavras usadas nos rituais, como por exemplo, o termo barracão, que passou a designar os galpões que abrigam as fantasias e alegorias das escolas de samba. Por sua vez, as quadras eram chamadas de terreiro e dedicadas a um Santo católico ou Orixá correspondente devido à repressão que existia na época sobre o Candomblé.
Hoje, com maior liberdade de expressão, muitos Babalorixás, Yalorixás e seguidores da Umbanda e do Candomblé são ligados ao samba e preservam os costumes das antigas ”Tias”. Muitos enredos são feitos em referência aos Orixás, demostrando assim, a infinita ligação cultural do samba com as religiões afro.
Neste ano de 2022, muitas Escolas de samba estão com enredos pautados nos Orixás, exaltando a fé dos ancestrais que ajudaram na criação do samba, que é um Patrimônio Cultural do Brasil.
Lààyè igbagbọ, àti àṣà ti àwọn ésà! (Viva a fé e a cultura dos ancestrais!)
Axé!
Serviço:
Confira a ordem dos desfiles do Grupo Especial:
Hoje, sexta-feira, 22 de abril:
22h Imperatriz
Entre 23h e 23h10 Mangueira
Entre 00h e 00h20 Salgueiro
Entre 01h e 1h30 São Clemente
Entre 02h e 02h40 Viradouro
Entre 3h e 3h50 Beija-Flor
Sábado, 23 de abril, Dia de São Jorge:
22h Paraíso do Tuiuti
Entre 23h e 23h10 Portela
Entre 00h e 00h20 Mocidade
Entre 01h e 1h30 Unidos da Tijuca
Entre 02h e 02h40 Grande Rio
Entre 3h e 3h50 Vila Isabel
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