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A ação de Ògún pela força das mulheres na sociedade

Foto do escritor: Paulo de OxaláPaulo de Oxalá

É uma constatação que a luta pelos direitos das mulheres ganhou força nos últimos anos. Hoje, 8 de maio, ‘Dia Internacional da Mulher’, podemos celebrar as conquistas do movimento feminino, sem porem esquecer das vidas preciosas de mulheres que foram dizimadas pela violência descabida.

Não podemos nos calar, pois a celebração passa, os holofotes se apagam e resta apenas a luz da nossa consciência que tem que estar ao lado dessas mães, filhas, avós, enfim mulheres.


Os livros de história te contam sobre o direito da mulher ao voto, ao trabalho sem a permissão do marido e até mesmo a constante busca por espaço no mercado de trabalho, principalmente nos cargos de gestão. Nada disso faz muito tempo, infelizmente. Agora, tem uma história que não compõe os livros tradicionais, mas que reflete no compromisso ancestral de valorizar o poder feminino.


Ogum, Orixá das batalhas e caminhos, é também o Orixá do ferro. Talvez o perfil de um guerreiro não convença muito as pessoas de que ele seja o homem certo para tratar da liberdade da mulher, mas o passado nos surpreende. Foi Ògún quem presenteou as Yabás com suas espadas e adagas. Foi Ògún quem disse em alto e bom som que as mulheres devem se proteger e podem se defender. Ogum acreditou nelas, quando apenas os homens reinavam. E olha que estamos falando de reinos sagrados.


Yabás lutaram pela liberdade e poder feminino


Cada mulher deve erguer a sua espada espiritual, herdada pelas Yabás. Logo no primeiro semestre de 2022, o Brasil bateu recorde de feminicídios, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Não dá para cruzar os braços. Precisamos agir como Ògún e entregar a espada às mulheres que não têm força para lutar, em razão das fragilidades que a vida e o sistema as submetem. Sejamos vozes e batalhadores incansáveis, afinal, poderia ser a sua mãe, a sua filha, poderia ser você em outra vida.


Oyá mostrou-se astuta e absorveu o poder de cada reino liderado pelos homens, fazendo com que cedessem pelo seu encanto, usando a maior fraqueza do sexo masculino. Conquistou força e personalidade para as mulheres. Oxum, intuitiva e protetora das gestantes, deixou como herança o sexto sentido, como nas noites em que as nossas mães insistem para que fiquemos em casa. E aquele coração grandão que sempre cabe mais um? Presente de Iemanjá, como a sabedoria nos conselhos, herdada de Nanã. Por falar em sabedoria, a obstinação de Obá e a mente visionária de Ewá moldam mulheres perseverantes e empreendedoras.


Todas têm uma parte de cada Yabá dentro de si. Todas têm Ògún como um sol, iluminando os seus caminhos e as protegendo. Todos nós temos a responsabilidade de sermos representantes deste grande Orixá e lutar pelas espadas, direitos, segurança e liberdade do sagrado feminino.


Lààyè agbára obìnrin! (Viva o poder feminino!)


Axé!



 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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