Daisy Lúcidi, atriz e senhora do Rádio brasileiro
Eu fui apresentado a Daisy Lúcidi, pela comunicadora Monika Venerabile em 1989, no prédio da antiga Rádio Nacional, na Praça Mauá no Rio de Janeiro.
Na época, fui convidado a dar uma entrevista sobre a força dos Orixás e os fascinantes rituais do Candomblé. Foi uma honra poder conversar com a maior comunicadora de Rádio. Ela era sábia, experiente e me deixou muito à vontade a ponto de a entrevista virar um perfeito bate papo.
Monika relembra Daisy, com muito carinho: “Daisy era uma diva, muito profissional, atenciosa e sem deslumbres. Ela amava o Rádio, por isso acredito que o seu programa ‘Alô Daisy’ na Rádio Nacional durou 46 anos e foi um marco de muitas gerações”.
Além de radialista, Daisy era atriz e começou a carreira na televisão na década de 1960, na minissérie Nuvem de Fogo, de Janete Clair, na TV Rio. As últimas participações dela na telinha foram em ‘Os Homens São de Marte...e É pra Lá que Eu Vou’, e ‘Babilônia’, em 2015 na TV Globo. Ela ainda foi vereadora e deputada estadual pelo Rio de Janeiro.
Daisy Lúcidi foi casada por 64 anos com o saudoso jornalista esportivo Luiz Mendes, com quem teve um filho que também já faleceu. Ela morreu ontem, quinta-feira, 7 de maio, aos 90 anos, vítima da Covid-19, no CTI do Hospital São Lucas, em Copacabana no Rio. Ela deixou três netos e quatro bisnetas.
Luiz Claudio Mendes, conhecido como Cacau Mendes, um dos netos de Daisy Lúcidi, agradeceu a solidariedade e fez um apelo:
“Queremos agradecer a atenção dispensada a ela por toda imprensa do país e principalmente aos amigos e fãs de todo Brasil que nos mandaram tantas mensagens positivas e fizeram tantas correntes de oração. Muito obrigado a todos do fundo do coração. Se cuidem, fiquem em casa se possível! ”
Ìlera ní ìgbésí ìyè ti o kòṣòro dúró ilé.(Saúde é vida, se possível, fique em casa.)
Axé!