África, berço das divindades. Brasil, berço do Candomblé
Linda, majestosa e plena! Assim é a África, o continente berço da humanidade, pois foi lá que há milhões de anos, apareceram os nossos ancestrais, de onde partiram e povoaram outros continentes.
Muitos reinos, impérios e civilizações foram importantes na formação cultural de outros povos, como por exemplo, o império de Gana, cuja civilização desenvolveu técnicas e instrumentos de mineração para a extração do ouro. Já o império do Congo, de cultura bantu, se tornou especialista em forjar o ferro e o cobre, além de introduzir na lavoura a enxada, o arado, o machado e os instrumentos de guerra. A civilização yorubá dominava as técnicas de olaria, tecelagem, serralheria e metalurgia de bronze. Os nigerianos também foram ótimos comerciantes. Houve ainda a antiga cidade de Oyo que era dividida em quarteirões especializados em curtume, fundição e comércio dos mais variados.
No Brasil, além da agricultura e mineração, os africanos foram fundamentais para o desenvolvimento sociocultural e religioso. Dentre as várias etnias que aqui chegaram, três se destacaram na formação do Candomblé: os bantus, os yorubás e os fons (ou jejes).
Foi através dessa junção de divindades, ritos e tradições que foi organizado o Candomblé aqui, no Brasil.
Uma das bases dessa organização aconteceu através de Ìyá Nàsó, uma africana de origem yorubá, que se reunia com pessoas de outros grupos étnicos para praticar ritos não só relacionados às divindades yorubás, como também as de outras regiões africanas. Essas reuniões eram chamadas de Candomblé, palavra de origem bantu que significa: "ato de louvar ou pedir por alguém".
O tempo passou e de lá para cá, o Candomblé cresceu no Brasil como religião e encontra-se estabelecido em países da América Latina e da Europa.
Viva o nosso Candomblé, uma religião brasileira de origem africana!
Axé!