Viva Luzia! Ancestral brasileira que nem o tempo nem o fogo destroem
No dia 02 de setembro, um incêndio de grande proporção devastou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruindo parte de um acervo de 20 milhões de itens, com peças importantes de diversas partes do mundo.
Entre tantas perdas de relíquias no incêndio, uma das mais sentidas era crânio de Luzia, o primeiro fóssil brasileiro, que foi descoberto em Minas Gerais e que segundo os pesquisadores teria cerca de 11.300 anos.
Encontrado na década de 1970, o fóssil de Luzia tem importância histórica mundial e foi responsável por mudar a teoria da povoação do continente americano. Luzia teria vivido no Brasil, na região em que hoje fica a cidade de Pedro Leopoldo, próxima de Belo Horizonte.
Mas assim como Fênix, o lendário pássaro grego que ressurgiu das cinzas, Luzia nos surpreende com a boa notícia que resistiu ao incêndio.
Segundo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, o crânio foi encontrado fragmentado e 80% dos fragmentos já foram identificados. Luzia estava guardada em uma caixa de metal, e a confirmação, é de que o fóssil realmente resistiu ao incêndio.
Só para registro: considerando o tempo atribuído a Luzia, ela viveu há mais de 11 mil anos antes de Cristo, que data “apenas” 2018 anos.
A forte mulher resistiu a tudo e todos, até ser fossilizada pelo tempo. Luzia é a própria força do tempo, que não deixa nada passar desapercebido, pois é até então, o fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil.
Kíkí àwọn wa ésà! (Salve os nossos ancestrais!)
Axé!