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Paulo de Oxalá

Agbára ti ìgbàgbọ́! (A força da fé!)


No mundo atual lidamos com os perigos constantemente e conviver com as fatalidades é uma delas. Perder um ente querido é um momento muito difícil que requer esforço psicológico e emocional para atenuar o sofrimento.


Como candomblecista, creio na teoria yorubá que ikú (a morte física) representa o retorno do espirito ao mẹ́sà òrun (os nove espaços do céu-infinito). O corpo deve retornar para a Mãe Terra que durante a vida deu todo o amparo necessário a para sua existência. Ainda, segundo os yorubás, todos têm um tempo certo para ficar aqui no àiyé (terra), pois Olódùmarè criou a morte para extrair os espíritos das pessoas cujo tempo na terra tenha terminado. “Olúkùlùkù ní àsìkó nkan” (todos tem tempo certo).


A ajuda e o apoio religioso também é um suporte valioso nestas situações. A fé neste momento é reconfortante e importante para o retorno à vida cotidiana. Quanto maior a perda, mais necessária é a fé. Quando buscamos a fé, encontramos sabedoria e coragem para entender e enfrentar e as situações.


A dor da perda de um ente querido não pode ser evitada, mas a fé nesse momento é como uma luz na escuridão! “Força!”


Jẹ ki a gbẹ̀ loni, nìtorìpẹ ọjọ ti lọ, ati ọla ko lẹ wà. (Vamos viver o hoje, pois o ontem já se foi, e o amanhã talvez não venha.)


Axé!




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