Da herança africana ao Rio do Samba
A recepção no MAR-Museu de Arte do Rio para ver a exposição ‘O Rio do Samba - Resistência e Reinvenção’, é ao som do mais autêntico samba.
A partir daí, o visitante fica envolvido no astral, e pronto para passear na história, desta grande manifestação cultural brasileira; ‘o samba carioca’.
A exposição celebra os cinco anos do MAR, e ficará por um ano, mostrando os aspectos sociais, culturais e políticos da história do samba carioca desde o século XIX até os dias atuais, divida em três momentos: ‘Da herança africana ao Rio negro’, ‘Da Praça XI às Zonas de contato’ e ‘O Samba carioca, um patrimônio’.
Estão à mostra, obras de Pierre Verger, Abdias do Nascimento, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres e Guignard, Ivan Morais; fotografias de Marcel Gautherot, Walter Firmo, Evandro Teixeira, Bruno Veiga e Wilton Montenegro; gravuras de Debret e Lasar Segall; parangolés de Helio Oiticica, e uma instalação de Carlos Vergara desenvolvida com restos de fantasias. O prato de porcelana tocado por João da Baiana, joias e um turbante de 1946 de Carmem Miranda, e um tabuleiro original de uma baiana, do século 19, são algumas das raridades em exibição.
Retratos de renomados sambistas como João Nogueira, Alcione e Martinho da Vila estão na sala Encontro, que também comporta peças e uma escultura de um rosto de 2,5 metros, confeccionado por Leandro Vieira, artista plástico, carnavalesco da Mangueira. Esta peça, ‘o rosto’, faz parte do trabalho desenvolvido por Leandro e Ernesto Neto, em cima da temática; o prazer e a dor do sambista.
Outros artistas como Djalma Corrêa, Jaime Lauriano, Gustavo Speridião e João Vargas também estão com obras na exposição.
Axé!
Exposição: O Rio do Samba - Resistência e Reinvenção, até 30/03/2019. No MAR- Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, 5, Centro, Rio de Janeiro/RJ.
Fotos de divulgação: primeiros carnavais, baianas e João da baiana tocando prato.