O pássaro sagrado de Oxalá
Ave sensível e pacífica, de voo sereno e elegante, o pombo foi visto como uma ave sagrada por alguns povos e enaltecido por outros como animal protetor, símbolo de paz e harmonia.
Para os paleontólogos, o pombo é uma das aves mais antigas do planeta, pois foram achadas evidências fósseis que sugiram que ele tenha se originado no sul da Ásia, há pelo menos 300 mil anos.
A utilização do pombo como mensageiro vem da antiga Grécia onde ele era utilizado para interagir na comunicação do antigo Império.
Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, ele foi bastante utilizado para o envio de mensagens, como um recurso alternativo de comunicação.
Entre o povo yorubá, o Eiyẹlé abo funfun (a pomba branca) é consagrada a Òṣàlà (Oxalá), e é chamada de "Ẹiyẹ ẹ̀éémí ìfàyàbàlẹ̀" (pássaro da vida e da paz). Por tradição, as fêmeas de determinados animais são consagradas a Oxalá, por isso a pomba branca também representa a honra, a prosperidade e longa vida, pois para estes povos, viver muito é um privilégio dado por Olódùmarè (Deus).
Um Ìtàn (mito yorubá), conta que o pombo vivia na floresta e era chamado: Ẹiyẹko (pássaro da floresta), mas ele foi ajudado pelo Odù Éjì Ogbè e tornou-se um pássaro da cidade. Daí ele é chamado pelos yorubás de: Ẹiyẹlé (pássaro da casa).
Eiyẹlé abo ní se Òrìṣà nlá! (A pomba simboliza o Grande Orixá!)
Axé!