Minha Mãe, Thereza Fomo de Òṣàlá
Fico encantado quando escuto Dorival Caymmi, em Oração de Mãe Menininha! Quanto amor ele tinha pela sublime Ìyálórìṣà-Yalorixá! E não era para menos, antigos da época contam que ela era simples, e uma magnífica Rainha!
Mo júbà (meus respeitos à memória deles), mas eu também tenho minha Rainha, e o Òṣàlá mais bonito é o dela: Minha Ìyá, Thereza Fomo de Òṣàlá!
Mãe Thereza nasceu na cidade de Alagoinhas do leste baiano, que fica a 124 km de Salvador.
Ainda menina, com 8 anos ocorreu o seu Bọ́lọ́nan (primeira manifestação do Òrìṣà) no Terreiro de Pai Claudiano de Òṣàgiyán. Porém, só foi iniciada aos 12 anos para Òṣàlá.
O tempo passou, e aos 17 anos, veio para o Rio de Janeiro, morar no Bairro do Catumbi, zona central da cidade. Nesse período ocorreu o falecimento de Pai Claudiano, então ela conheceu Pai Zezinho da Boa Viagem, da Nação Jeje-Mahi e fez com ele seu Deká (obrigação de 7 anos). Por morar no Catumbi e ser a 3ª do barco, quando foi iniciada, Pai Zezinho passou a chamá-la de: “Fomo do Catumbi”. Codinome pelo qual é conhecida pelos antigos do Àṣẹ Boa Viagem.
Mãe Thereza de Òṣàlá iniciou muitas pessoas no Candomblé, dentre elas, Denner o costureiro das socialites da década de 70. José Luiz de Ọ̀ṣọ́ọ̀sí ou Dofono de Ọ̀ṣọ́ọ̀sí do Banco de Areia em Mesquita, que faleceu neste ano de 2017. Ela é a minha Ìyálórìṣà, foi quem me iniciou para Òṣàlá, mas precisamente Òṣàlúfọ́n. É um amor de mais de 40 anos. Mãe Thereza dirige o “Palácio de Òṣàlá”, em Miguel Couto, nossa casa, nosso porto seguro!
Kolọnfẹ Ìyá tèmi! (A benção minha mãe!)
Axé!