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Paulo de Oxalá

Os ancestrais africanos e a reencarnação


Assim como os yorubás, vários grupos de etnia africana creem na existência dos Òkú ọ̀run àgbagbá àti àtúnwa (antepassados e na reencarnação).


Pela convicção sócio religiosa destes grupos para ser considerado um antepassado e ter mérito de culto a pessoa tem que ter tido uma vida expressiva e exemplar para a sociedade. Eles acreditam que quando o Ẹ̀mí (espirito) de uma pessoa com qualidades para “antepassado” se desprende do Òkú ara (corpo físico) ele é liberto de todas as limitações materiais e passa a dominar forças espirituais que são usadas para ajudar seus familiares que estão aqui no Àiyé (terra).


A morte é uma mudança de uma vida para outra com a condição determinada por Ọlórun- Olódùmarè (Deus) para voltar à terra chamada de Àtúnwa (reencarnação). Para os yorubás o espirito sempre volta com laços com a mesma família anterior. Quando isso ocorre eles dão atenção especial a esta criança e dependendo do sexo ela recebe um nome especial como: Bàbájídé (papai acordou e chegou), Bàbátúndé (o pai voltou), Ìyábò (a mãe retornou), Iyátúndé (a mãe voltou) ou Ọmọtúndé (a criança voltou).


Ainda para os yorubás retornar para o mundo é um privilégio, pois além de possibilitar um novo contato com os familiares o espirito tem uma nova oportunidade de aperfeiçoamento.


Kí titun bíbi lo bi àiyé! (Salve o novo nascimento que nos trouxe ao mundo!)


Portanto este adágio é sempre atual: Ayun béè ni ìfajúro bẹ́ẹ̀ kọ́! (Saudade sim, tristeza não!)


Mo júbà! (Meus respeitos!)


Axé!


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