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Paulo de Oxalá

Homenagem ao início do Candomblé no Rio de janeiro.


Quando o compositor e cantor Heitor dos Prazeres denominou de “Pequena África” a região portuária do Rio de Janeiro, que abrange desde a Praça Mauá e Pedra do Sal até o Bairro da Cidade Nova, estava eternizando a importância do lugar com seu valor histórico e patrimonial, deixados por antigos africanos, que ajudaram a construir esta cidade e este país.


Estes africanos desembarcavam no Caís do Valongo e eram comercializados em torno da Pedra da Prainha, depois conhecida como Pedra do Sal.


No século XVIII, na Região Portuária e Central do Rio, existiam vários Terreiros de Candomblé. Dentre estes Terreiros, o do Sr. João Alabá de Omolu se destacava por reunir além de africanos e descendentes de várias etnias, também políticos e intelectuais da época. A Iyá Kékeré (mãe pequena do Terreiro) era Hilária Batista de Almeida, filha de Oxum e conhecida por Tia Ciata. Sr. Alabá recebeu este Terreiro já com todos os assentamentos dos Orixás das mãos do Sr. Rodolpho Martins de Andrade ou Bámgbósé Òbítíkò que tinha muito respeito e amizade por ele.


Outro Babalorixá que se destacou na região foi Cipriano Manuel Abedé, de Ogum, que iniciou Iyá Dila de Obaluaiyê e Maroca de Omolu.


Também Guaiaku Rosena, africana, natural de Allada no Benim, que veio para o Rio de Janeiro em 1864, fundou o Asé Podabá-Jeje no bairro da Saúde.

Segundo o Ogan e pesquisador do Ile Axe Opo Afonjá José Beniste, estes antigos Terreiros eram instalados em casarões e não possuíam as divisões ou quartos que caracterizam os atuais Terreiros de Candomblé. As mudanças aconteceram a partir da migração destes Terreiros para a Baixada Fluminense, por conta da reforma urbana do Rio de Janeiro que começou com o presidente Rodrigues Alves a partir de 1903.


Um dos casos emblemáticos é o Terreiro Ile Axé Opo Afonjá de Coelho da Rocha na Baixada Fluminense que teve início na “Pequena África”.


Então, salve o Rio de Janeiro, que favoreceu o crescimento de grandes Terreiros de Candomblé!


Kíkí Rio de Janeiro! (Salve o Rio de Janeiro!)


Axé!


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