As inúmeras Homenagens a Mãe Beata de Yemanjá
Há 33 dias, o Òrun (céu sagrado) recebeu uma filha dileta de Yemanjá: Mãe Beata!
Aqui no Àiyé (nosso mundo), ela deixou milhares tristes, inconsoláveis, porém com sua mensagem doce, enérgica, entusiasmada pela vida, e totalmente entregue aos Orixás e a causa religiosa.
Eu a conheci, na década de 80, através do amigo em comum, José Beniste, na então, Rádio Solimões de Nova Iguaçu.
Em uma entrevista ao próprio Beniste, ouvi um pouco de sua encantadora história: “Saí do Recôncavo baiano e vim lutar na cidade, nasci em uma encruzilhada sob a proteção de Exu e Yemanjá! Minha origem de mulher negra me faz a guerreira que sou! ”. Ela era fascinante!
Deixou seu legado e seu exemplo como religiosa. Sua luta pelo respeito ao Candomblé foi grande, e como dizia: “Não quero ser tolerada, e sim respeitada!”. Palavras de profunda sabedoria, que sintetizam bem o nosso compromisso religioso.
Muito poderia escrever sob sua rica trajetória, mas centenas de amigos já o fizeram com lindas palavras e homenagens! Eu faço apenas esta singela homenagem para quem conheci, tive pouco convívio, mas lhe tinha imenso apreço!
Meus respeitos aos seus filhos carnais: Ivete, Maria das Dores, Adailton e Aderbal, e também aos seus muitos Ọmọ Òrìṣà! (Filhos de Santo!)
Lààyé Ìyá Beata ti Yemọjá! (Viva Mãe Beata de Yemanjá!)
Axé!
Homenagens:
Mãe Beata Uma História de Lutas, nesta segunda-feira, dia 03, às 17h, na Casa de Cultura de Nova-Iguaçu. Rua Getúlio Vargas, 51, Centro de Nova-Iguaçu/RJ.
Jornal Icapra, ano 11, edição de número: 100
-Candomblé se Despede de Mãe Beata