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Paulo de Oxalá

O Candomblé nas redes sociais


O Candomblé nas redes sociais II

É impossível imaginar o cotidiano moderno sem as redes sociais. Existem milhares de sites que mesclam tradição e tecnologia. Atualmente encontramos online, grupos e comunidades de todas as religiões, e com o Candomblé não é diferente.

O Candomblé é uma religião brasileira, originária da África onde a cultura da oralidade dos seus fundadores foi importante para proteger as tradições que serviram de base para a formatação desse culto. Por outro lado, as redes sociais também têm desempenhado um papel fundamental para a perpetuação da cultura afro-brasileira.

De acordo com Cristina de Luca, editora especialista de assuntos na Web do Grupo Now! Digital e comentarista de assuntos sobre tecnologias do Jornal da Rádio CBN 2ª edição, “mais do que entreter, quando bem utilizadas, as redes podem se tornar ferramentas de interação valiosas para auxiliar na divulgação das religiões”. Ela complementa que “os sites religiosos são mais culturais, porém as redes sociais tornam-se espaços de confraternizações, pois com as divulgações de eventos e festividades dos terreiros de forma instantânea, os adeptos podem interagir e optar quais os eventos e terreiros a visitar”.

Já para o escritor e professor de língua yorubá, José Beniste, não só as redes como a internet de um modo geral, vêm contribuindo para uma nova captação de seguidores para o Candomblé. “Temos que absorver ensinos positivos e não compartilhar os assuntos não proveitosos”.

O Babalorixá e diretor da Anma (Associação Nacional de Mídia Afro), Márcio de Jagun, destaca que as redes sociais vieram mostrar para o mundo a beleza do Candomblé, desmistificar o estigma de gueto, vencer os preconceitos e avançar na luta pela igualdade religiosa.

Para o também Babalorixá, professor de língua portuguesa e fundador da Abl-Afro (Academia Brasileira de Letras e Artes da Cultura Africana), Marcos Penna, as redes fazem parte desta nova realidade onde a tecnologia pode servir de canal para um diálogo construtivo em um espaço realmente democrático.

Lembrando ainda que Mãe Stella de Oxossi, Yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, lançará em breve, um aplicativo que versará sobre o cotidiano do povo yorùbá e sobre a língua yorùbá.

O fato é que todos são unânimes que, quando bem usadas, as redes sociais potencializam e ampliam o conhecimento cultural, ajudando assim na divulgação e preservação religiosa.

Wà láàyè ìdásílè ní ìtenumó! (Viva a liberdade de expressão!)

Axé!


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